Estreia da Semana

O que haverá mais a dizer sobre AVATAR que ainda não tenha sido mencionado? De facto, existem motivos de sobra para reflectir acerca do fenomenal buzz que se tem gerado em torno da nova obra de James Cameron: desde o seu mastodôntico orçamento (estimado em cerca de 250 milhões de dólares só na sua produção), passando pelo seu longo período de gestação (conheceu um planeamento de catorze anos) até à tremenda reacção positiva que obteve na sua ante-estreia, angariando quatro nomeações para os Globos de Ouro (entre elas, de Melhor Filme — Drama) e a quase certeza duma presença considerável nas indicações aos Óscares.

Misturando ficção científica e a pormenorizada exibição de um admirável mundo novo, AVATAR decorre no planeta Pandora, cujos valiosos recursos energéticos são explorados por uma colónia humana ali instalada. Entre os indivíduos destacados para o local, destaca-se Jake Sully (Sam Worthington), um ex-Marine paraplégico que reconquista a sua autonomia física através de um desenvolvimento tecnológico capaz de transformar seres humanos em Na'vis, os habitantes nativos de Pandora. Por acidente, Jake trava um profundo conhecimento com a cultura dos Na'vi e, nesse processo, apercebe-se das reais intenções humanas naquele longínquo planeta.

Sendo já encarado como um dos filmes mais importantes da década que agora encerra — sobretudo, pela revolução cinematográfica que efectua — AVATAR reveste-se de obrigatória visualização. Ou, no mínimo, tem o poder de suscitar a curiosidade mais comercial que reside em todo o cinéfilo...



(Em exibição na Sala 1 dos Cinemas Castello Lopes)