Sem hesitação nem pretensiosismo, afirmo que a comunidade blogger cinéfila é uma das mais dinâmicas em Portugal. Segue um exemplo.
A convite do André Marques, pelo Blockbusters, fui desafiado a partilhar as 10 melhores adaptações de banda desenhada ao grande ecrã, estreadas entre 2000 e 2011. A minha reflexão saldou-se nesta escolha:
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1º American Splendor (2003, Shari Springer Berman e Robert Pulcini)
O génio de Harvey Pekar, original autor de graphic novels, ilustrado num filme biográfico que extravasa a mera ordenação de eventos e demonstra como a criatividade pode surgir e manifestar-se das formas mais surpreendentes.
2º Sin City — A Cidade do Pecado (2005, Robert Rodriguez)
Absolutamente fiel à imaginação de Frank Miller, como poucas adaptações conseguiram forjar, e com um dos melhores elencos da última década, revela-se obrigatório tanto para cinéfilos como amantes de BD.
3º V de Vingança (2005, James McTeigue)
Com doses ajustadas de filosofia política e acção magnética, transpõe eficazmente para o grande ecrã o universo congeminado por Alan Moore. E possui uma das melhores intepretações por um actor (Hugo Weaving) que nunca exibe a própria cara.
4º Ghost World — Mundo Fantasma (2001, Terry Zwigoff)
Original, mordaz e subtil, o “mundo fantasma” é o nosso mundo. Mas visto pelo prisma de Daniel Clowes, aparenta pertencer a um surreal e alternativo universo, onde somos estranhos mas do qual não podemos esconder fascínio.
5º The Dark Knight — O Cavaleiro das Trevas (2008, Christopher Nolan)
Apresentando a versão cinematográfica mais pessimista de Batman (impaciente e torturado) e uma personificação de terrorismo injustificado no Joker intepretado pelo malogrado Heath Ledger, é um dos blockbusters da década.
6º 300 (2006, Zack Snyder)
Definindo os moldes dos épicos históricos de grande espectáculo produzidos nos últimos anos (viscerais, directos e, em algumas instâncias, emocionais), é um filme feito para se ver, apenas e sempre, no grande ecrã.
7º Scott Pilgrim vs O Mundo (2010, Edgar Wright)
Inundado do espírito jovial e pop de Bryan Lee O’Malley, com adequadas doses de dinamismo e humor contagiosos, é entretenimento cinematográfico de alto calibre. E capaz de agradar espectadores dos oito aos oitenta anos de idade.
8º Persepolis (2007, Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi)
Pura poesia em animação a preto e branco. Um comovente conto sobre o poder dos sonhos, da preserverança e do necessário sentido de humor mesmo perante as circunstâncias mais negativas.
9º Hellboy (2004, Guillermo del Toro)
Um clássico instantâneo do cinema inspirado no universo BD, Del Toro preenche o ecrã com a sua característica sensibilidade para a imagética admirável, acção vertiginosa e surpreendente emocionalidade.
10º Kick-Ass — O Novo Super-Herói (2010, Matthew Vaughn)
Reunindo quase todas as tendências contemporâneas do cinema de acção, mantém-se coerente mesmo perante a irreverência, impiedade, mau gosto e políticamente incorrecto da sua atmosfera. O saldo é um filme de puro e irresistível entretenimento.
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Obrigado, André, pelo convite!
quinta-feira, abril 12, 2012
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2 comentários:
Obrigado eu Samuel pela tua participação! Espero que esta seja mais uma iniciativa que sirva para dar a conhecer novos filmes, gostos pessoais e aumentar a boa discussão cinéfila ;)
Abraço
Como já disse no post no Blockbusters, adorei o teu top. Tens ali opções que gosto especialmente (Sin City, V de Vingança, The Dark Knight, Scott Pilgrim vs O Mundo, Persepolis), e outros que tenho mesmo de ver.
Cumprimentos cinéfilos,
Inês
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