O 61º Festival de Cannes iniciou oficialmente com a estreia de BLINDNESS, baseado no romance de José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira, e não se pode falar num arranque auspicioso de cerimónia.
Isto se analisarmos as críticas de James Christopher, da Times Online, peremptório ao afirmar que BLINDNESS "assinala a pior abertura de sempre de um festival internacional"; de Manohla Dargis, do New York Times, que o descreve como "ofensivo, insensível e aparentemente interminável"; ou ainda pelas palavras de Kirk Honeycutt, no Hollywood Reporter, sobre o facto de ser "cinema previsível: estimula mas não surpreende". Reacções deveras surpreendentes, tendo em conta os talentos envolvidos: Fernando Meirelles, Julianne Moore, Mark Ruffalo, Gael García Bernal... Fica a sensação de que uma nova adaptação hollywoodiana da bibliografia de Saramago poderá, nem tão cedo, voltar a repetir-se.
A "aligeirar" o ambiente, foi possível ver, e fora de competição, os talentos vocais de Jack Black, Jackie Chan, Angelina Jolie e Dustin Hoffman em KUNG-FU PANDA,
uma das principais apostas do departamento de animação da DreamWorks para o Verão que se avizinha, a par de MADAGASCAR: ESCAPE 2 AFRICA.
Para terminar, as fotografias que marcaram as primeiras horas de Cannes 2008 (cortesia da Reuters):
NB: amanhã, destaque para o documentário TYSON, sobre o polémico boxeur norte-americano, patente na secção Un Certain Regard.
quinta-feira, maio 15, 2008
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1 comentário:
Primo, o engraçado é a imprensa brasileira, pelo menos a TV, mostrando o filme de Meirelles em Cannes como se tivesse sido recebido como a 8ª maravilha!
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