MAYA DEREN
Sem quaisquer estudos nem experiência em cinema ou fotografia, Maya Deren aproveitou o dinheiro obtido de uma herança familiar para adquirir, em segunda mão, uma câmara de filmar de 16mm Bolex e registar algumas das obras experimentais mais fascinantes e influentes dos anos 40 e 50.
As três curtas abaixo partilhadas — todas a preto-e-branco, com cerca de 15 minutos de duração e filmadas sem captação de som — denotam o estilo onírico e sombrio e as temáticas de cariz intimamente feminino que Deren explanou durante a sua breve carreira artística (faleceu em 1961, com 44 anos): um estudo da condição, tanto social como humana, da mulher, repleto de simbologia by the book freudiana e surrealista: a água como representação do inconsciente, a flor como símbolo do órgão sexual feminino, os jogos de xadrez ou as coreografias aguerridas como imagem de um desejo de sobreposição à lógica masculina predominante.
O ponto de vista de Maya Deren assume-se, assim, como crucial adição ao Surrealismo no Cinema, possuindo a mesma importância de Luis Buñuel ou Jean Cocteau para aquele movimento artístico.
. MESHES OF THE AFTERNOON (1943)
O interior de uma mulher cujos pensamentos e sonhos transformam objectos comuns do seu dia-a-dia em situações de perigo e mistério.
. AT LAND (1944)
Uma mulher embarca numa estranha viagem onde se encontrará com outras pessoas e outras versões de si mesma.
. RITUAL IN TRANSFIGURED TIME (1946)
Um evento social coreografado como se fosse uma dança, iluminada por conceitos de uma lenda grega.
domingo, setembro 09, 2012
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1 comentário:
Boa recomendação. Deste lote tive a oportunidade de ver há algumas semanas a primeira curta e é bastante boa.
Cumprimentos
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