«Marilyn & Me is an intimate story of a legend before her fall and a young photographer on his way to the top. Schiller’s original text and extraordinary photographs — over two thirds of which have never or rarely been published — take us back to that time, and to the surprising connection that allowed Marilyn to bond with a kid from Brooklyn, a kid with a lot of ambition but very little experience.»
A 1 de Junho de 1926, nasceu Norma Jeane Mortenson, celebrizada no Cinema e conhecida para o Mundo como Marilyn Monroe.
Muito possivelmente, o ícone cinematográfico feminino mais popular de todos os tempos, Monroe não possuiu uma carreira recheada de títulos dramáticos, nem de interpretações psicologicamente exigentes e não foi abundantemente galardoada (contou, apenas, com um Globo de Ouro).
Todavia, o poderoso e singular fascínio que dela emanava — sobretudo, pela forma como combinava beleza e fragilidade — aliado à natureza trágica da sua morte converteram-na numa figura duradoura de uma Hollywood que, mais do que distante, já se afigura lendária.
O Keyzer Soze assinala a ocasião com a escolha de filmes emblemáticos protagonizados por Marilyn Monroe, definitivamente uma das actrizes de eleição deste espaço.
E, numa espécie de "bónus" final, duas das poucas sequências que a actriz interpretou para SOMETHING'S GOT TO GIVE (1962, George Cukor), filme incompleto devido ao falecimento de Marilyn Monroe em 1962:
A beleza ostentada por Charlize Theron é indubitavelmente devedora do padrão clássico de Hollywood. Não constitui surpresa, portanto, que a TBWA a coloque, lado a lado, com versões CGI (impressionantemente reais!) de Grace Kelly, Marlene Dietrich ou Marilyn Monroe neste spot televisivo para a Dior.
Rodado na Galeria dos Espelhos do Palácio de Versailles por Jean-Jacques Annaud, "explode" de glamour e saudosismo icónico cinematográfico e, pelos diversos pormenores que encerra, exige repetidas visualizações.
O que transformará alguém em "figura lendária da Sétima Arte"? O sucesso dos filmes que protagonizou? O seu carisma e/ou aspecto físico? A marca que o seu percurso artístico deixou em milhões de espectadores? Possivelmente todas estas hipóteses expliquem a razão de algumas actrizes possuírem uma mística que poucas alcançam. E não deixa de ser ainda mais memorável quando dois nomes desse restrito "grupo" partilham o grande ecrã no mesmo filme.
Tal como prometido, o Keyzer Soze's Place conclui este Confronto de Lendas com seis reuniões memoráveis entre algumas das actrizes mais icónicas da Sétima Arte. E não posso deixar de referir a complicada tarefa que esta escolha se revelou. Infelizmente, a História do Cinema não proporcionou muitos "embates" deste género — tendência que esperamos ver invertida nas próximas décadas...
Menção Honrosa: Simome Signoret vs. Véra Clouzot em AS DIABÓLICAS (1955)
Universalmente aclamado como um dos melhores filmes de terror psicológico de sempre, AS DIABÓLICAS colocou lado a lado dois distintos "exemplares" do Cinema Francês. Signoret e Clouzot, com o seu perfil clássico de, respectivamente, sedução e contenção, são os reversos da moeda de infidelidade, conspiração e morte aqui encerrada. Neste momento, o "confronto" desenlaça-se através do plano engendrado por Nicole (Signoret) para matar o abusivo marido de Christina (Clouzot) — mas serão as intenções da primeira a solução ideal para o problema da segunda?
O momento-chave: Christina Delassalle (Clouzot): Tu ne crois pas en Enfer? Nicole Horner (Signoret): Pas depuis que j'ai été sept ans.
5. Brigitte Bardot vs. Jeanne Moreau em VIVA MARIA! (1965)
A segunda presença francófona desta lista pertence ao duo de actrizes que, no panorama europeu, mais personificaram as novas ondas dos anos 60. Num western feminino com duas Marias, Bardot e Moreau (sex-symbols à sua maneira, ícones igualmente eternos) culminam cedo este "confronto" durante uma acidental invenção do espectáculo de palco conhecido como strip-tease. Muito cómico, sexy e, claro, memorável, não diriam?
O momento-chave: Maria II (Moreau): Ça va? Maria I (Bardot): Ça va. C’est quelle bette cette chanson!
Duas rainhas do cinema norte-americano das décadas de 70 e 80 gladiam, literalmente, nesta fabulosa (infelizmente subvalorizada) sátira acerca do pavor humano perante o envelhecimento e mortalidade da nossa espécie. O talento de Goldie Hawn para o humor era, por aquela altura, sobejamente conhecido; coube a Meryl Streep ser o elemento surpresa, mostrando a sagacidade que lhe é habitual num género pouco explorado durante a sua carreira. Apesar de tanto efeito visual, é o desempenho das duas actrizes que torna este "confronto" tão memorável.
O momento-chave: Madeleine (Streep): You should learn not to compete with me. I always win! Helen (Hawn): You may have always won, but you never played fair! Madeleine: Who cares how I played? I won!
Um dos filmes mais emblemáticos dos anos 50, tal feito deve-se, em grande parte, às suas protagonistas. Ambas na linha da frente do que significava ser sex-symbol durante aquela era — uma imagem perpetuada até aos dias de hoje —, Russell e Monroe interpretam duas jovens coristas prestes a casarem-se mas sempre à espreita do partido mais abastado. E nesse "confronto" entre a amizade e rivalidade, o filme permite testemunhar aqueles que serão, provavelmente, os melhores desempenhos das duas actrizes.
O momento-chave: Lorelei Lee (Monroe): Piggy was tellin’ me about South Africa. Is very dangerous there! Pratically full of snakes called pythons… and it seems a python can grab a goat and kill it! Just squeazing it to death! Dorothy Shaw (Russell): Get to the point! Lorelei Lee: That’s all. Dorothy Shaw: What’s incriminating about that? Lorelei Lee: Well… Piggy was being the python and I was a goat!
Actrizes multifacetadas e reconhecíveis para qualquer público, Taylor e Farrow protagonizaram este polémico filme sobre maternidade — da sua ausência até aos artifícios que se criam para a obter. Aliás, são as interpretações que têm, ano após ano, suscitado a descoberta desta obra, na qual predomina a implícita sugestão de lesbianismo e um "confronto" que, cingindo-se apenas ao nível psicológico a início, terminará em tragédia física. Se a vossa curiosidade ainda não foi incitada, talvez a sequência agora destacada seja o argumento definitivo.
O momento-chave: Leonora (Taylor): Dear God, by whose mercy... Cenci (Farrow): Dear God, by whose mercy... Leonora: ...I am shielded for a few hours... Cenci: ...I am shielded for a few hours... Leonora: ...let no-one snatch me from this heaven. Cenci: ...let no-one snatch me from this heaven.
O principal "confronto" desta lista pertence a duas figuras incontornáveis do Cinema: profundas conhecedoras do meio, souberam conquistar plateias ao longo das mudanças culturais e sociais das décadas que atravessaram. E, segundo consta, partilharam uma discreta rivalidade que não ficou escondida, tanto ao nível pessoal como no grande ecrã, nesta história sobre duas irmãs — coincidência ou não, ambas actrizes aposentadas. Partilhando a mesma claustrofóbica moradia, Jane (Davis) abusa, física e psicologicamente, de Blanche (Crawford) até à surpreendente e insana conclusão. Memorável indeed!
O momento-chave: Blanche (Crawford): You wouldn't be able to do these awful things to me if I weren't still in this chair. Jane (Davis): But you are, Blanche! You are in that chair!
Keyzer Soze é um personagem do filme de 1995, OS SUSPEITOS DO COSTUME.
Soze era o líder de uma secreta organização criminosa; a sua impiedosa personalidade e obscura influência granjeou-lhe um estatuto quase mítico entre agentes da lei e gangsters.
O seu papel no supreendente twist final do filme tornou-se num dos ícones da cultura popular dos anos 90.