segunda-feira, março 08, 2010
Óscares 2009: O Comentário Final
Se pudéssemos medir o sucesso de ESTADO DE GUERRA durante a época de atribuição de prémios cinematográficos, diríamos que foi tão repentino e electrizante como o desarmamento de dispositivos explosivos representado no filme. Apenas falhando nos Globos de Ouro (onde sucumbiu ao "poder 3D" de AVATAR), ESTADO DE GUERRA iniciou o seu percurso vitorioso ainda em 2008, quando recebeu vários prémios durante o Festival de Veneza e, apesar da sua lenta distribuição comercial em 2009, conquistou a crítica e os vários sindicatos (produtores, realizadores, etc.) da indústria.
Na última madrugada, ESTADO DE GUERRA dominou a 82ª cerimónia dos Óscares da Academia, arrecadando seis estatuetas, incluindo Melhor Filme, e fez história ao consagrar Kathryn Bigelow como a primeira mulher a receber o galardão de Melhor Realizador.
Numa noite sem grandes surpresas, os quatro Óscares nas categorias de interpretação foram entregues aos respectivos favoritos. Jeff Bridges, por CRAZY HEART, obteve a longa e esperada consagração dos seus pares na Academia que o elegeram Melhor Actor Principal. Se o seu talento já era um facto inegável, os prémios que recebeu só aumentam a minha (a nossa?) curiosidade em ver este título.
Curiosidade extensível ao desempenho de Sandra Bullock em THE BLIND SIDE, premiado com o Óscar de Melhor Actriz Principal, batendo as consistentes nomeações de Meryl Streep e Gabourey Sidibe (que era a minha candidata pessoal).
Nos secundários, Christoph Waltz (o único prémio recolhido por SACANAS SEM LEI e Mo'Nique (pelo seu assombroso retrato em PRECIOUS) confirmaram o favoritismo.
Quanto à cerimónia, e apesar do prévio feedback da Academia nesse sentido, não se viram inovações ou formatos que a distinguisse de edições anteriores. Na verdade, chegou a ter momentos paupérrimos: o exemplo máximo surgiu na forma de uma desconexa coreografia que introduziu os nomeados a Melhor Banda Sonora. Steve Martin e Alec Baldwin estiveram bastante discretos (por vezes, demais) nos seus papéis de anfitriões.
O monólogo (este ano, convertido em diálogo) inicial revelou-se um jogo de "parada e resposta" bem cronometrado. O duo só brilhou quando decidiu parodiar ACTIVIDADE PARANORMAL:
Mas o momento cómico mais conseguido da noite acabou por pertencer a Ben Stiller, que se inspirou em AVATAR para apresentar o Óscar de Melhor Make-Up:
N.B.: a lista completa dos vencedores pode ser consultada aqui.
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2 comentários:
Embora não ache o Hurt Locker o melhor filme do ano, fiquei contente por terem ganho, também já era bastante previsível que ganhassem.
Abraço
ohomemdaspipocas.blogspot.com
O momento de Stiller foi mesmo o mais conseguido naquela que foi uma cerimónia um tanto ou quanto morna. Um pouco confusa na verdade. Foi bom que Stiller tivesse sido o único pintado de azul.
Abraço
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