Apesar dos tempos conturbados que a Sétima Arte parece enfrentar — desempenhos irregulares de bilheteira, a "morte" da película, o constante sentimento de desconforto na indústria —, permanece na memória o melhor que se viu e produziu em 2011.
Segue-se a habitual selecção do Keyzer Soze dos 10 melhores filmes estreados comercialmente no nosso país em 2011, justificados (e esta é a novidade deste ano) através de sequências representativas dos títulos eleitos.
O rol de obrigatórias menções honrosas, para uma efectiva compreensão do ano cinematográfico prestes a encerrar, é apenas consequência da variedade qualitativa a que assistimos.
Para debate, refutação e memória futura:
10º
POST MORTEM (Pablo Larraín)

9º
INSIDIOSO (James Wan)

8º
JANE EYRE (Cary Fukunaga)

7º
SUBMARINO (Richard Ayoade)

6º
UMA SEPARAÇÃO (Asghar Farhadi)

5º
CISNE NEGRO (Darren Aronofsky)

4º
O ATALHO (Kelly Reichardt)

3º
ROAD TO NOWHERE — SEM DESTINO (Monte Hellman)

2º ex-aequo
VALHALLA RISING — DESTINO DE SANGUE (Nicolas Winding Refn)

DRIVE — RISCO DUPLO (Nicolas Winding Refn)

1º
A ÁRVORE DA VIDA (Terrence Malick)

Menções honrosas para (e por ordem de estreia no nosso país): o melancólico e trágico BIUTIFUL (Alejandro González Iñárritu); a crueza da natureza humana em DESPOJOS DE INVERNO (Debra Granik); a sublime descoberta da beleza em POESIA (Chang-dong Lee); o onirismo do jovem protagonista de MEL (Semih Kaplanoglu); a retórica da lei da bala em TROPA DE ELITE 2 — O INIMIGO AGORA É OUTRO (José Padilha); o formalismo histórico de 48 (Susana Sousa Dias); a anarquia artística de BANKSY — PINTA A PAREDE! (Banksy); o terrorismo globetrotting de CARLOS (Olivier Assayas); a descomprometida intensidade de EU VI O DIABO (Jee-woon Kim); Hemingway, Dali e Fitzgerald em MEIA-NOITE EM PARIS (Woody Allen); o real social de SANGUE DO MEU SANGUE (João Canijo); e aquilo que não se revela à superfície em UM MÉTODO PERIGOSO (David Cronenberg).
Sem comentários:
Enviar um comentário