Mostrar mensagens com a etiqueta Christopher Walken. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Christopher Walken. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

The Hollywood Reporter



Para assinalar a 85ª entrega dos Oscars da Academia (que se realizará no próximo Domingo), o The Hollywood Reporter reuniu 16 nomes — veteranos e caloiros, nomeados e vencedores — para uma sessão fotográfica que homenageia as oito décadas e meia dos Academy Awards:

 
Naomi Watts, nomeada para Melhor Actriz por O IMPOSSÍVEL e Eva Marie Saint, galardoada em 1954 como Melhor Actriz Secundária por HÁ LODO NO CAIS.


Christopher Walken, Melhor Actor Secundário em 1978 por O CAÇADOR e Philip Seymour Hoffman, vencedor de um Oscar por CAPOTE e nomeado pelo seu trabalho em O MENTOR.


Quvenzhané Wallis, a mais jovem actriz de sempre a ser nomeada ao Oscar pela sua performance em BESTAS DO SUL SELVAGEM e Marlee Matlin, a galardoada mais jovem da Academia por FILHOS DE UM DEUS MENOR.


Steven Spielberg, vencedor de três Oscars e nomeado este ano por LINCOLN e Benh Zeitlin, nomeado para Melhor Realizador por BESTAS DO SUL SELVAGEM.


Michael Moore, cujo BOWLING FOR COLUMBINE foi considerado como Melhor Documentário em 2002 e Emad Burnat e Guy Davidi, em busca de uma estatueta por FIVE BROKEN CAMERAS.


O compositor Thomas Newman e o sonoplasta Greg P. Russell: entre os dois, somam 27 nomeações mas nenhuma estatueta. Procuram o seu primeiro Oscar, este ano, por 007 — SKYFALL.


Diablo Cody, vencedora do Oscar para Argumento Original por JUNO e John Gatins, nomeado pelo seu argumento de FLIGHT — DECISÃO DE RISCO.

[Fonte: The Hollywood Reporter: Oscar Icons Portfolio.]

domingo, maio 13, 2012

5 Momentos Memoráveis

#17: Tim Burton



A propósito da estreia, esta semana em Portugal, de SOMBRAS DA ESCURIDÃO, o Keyzer Soze arrisca o exercício de desconstrução da carreira de Tim Burton em cinco sequências, acompanhadas da sempre obrigatória menção honrosa, para exemplificar a natureza do cinema de um dos autores que, centrado em mundos fantásticos, personagens excêntricas e na vincada dicotomia mundano versus irreal, perfilou uma das obras mais icónicas das últimas três décadas.

--//--

MENÇÃO HONROSA: A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA (1999)



Ao adaptar um conto de Washington Irving, um dos mais conhecidos e estudados na cultura anglo-saxónica, Burton desenvolveu aquele que terá sido o seu maior pico de forma narrativa e visual, revelando-se este filme como obrigatório para fãs do universo do realizador.

A narração minuciosa das origens e destino do cavaleiro mencionado no título transporta-nos ao passado através da curiosa analogia visual entre as labaredas de uma lareira e o fogo que consome a floresta da batalha, de onde emerge, apropriadamente demoníaco, Christopher Walken num dos papéis mais radicais da sua carreira.



5. BATMAN (1989)



É quase impossível enumerar todas as influências (film noir, estética gótica, humor negro, expressionismo alemão, a própria banda desenhada criada por Bob Kane) que Burton emprestou à sua visão do vingador solitário de Gotham City. Mas mais impressionante que a escolha de Michael Keaton para encarnar Batman, foi observar Jack Nicholson na pele do Joker.

Mais cartoonesco do que se poderia imaginar para um filme em imagem real, mas absolutamente plausível no seio de um universo oriundo de banda desenhada, Nicholson alia a maquilhagem do palhaço, o "charme" do gangster, uma gargalhada cavernosa e algumas partidas de mau gosto para conceber este tenebroso e hilariante resultado final.



4. O GRANDE PEIXE (2003)



O romance no cinema de Tim Burton foge, completamente e pelos seus atributos estéticos, aos padrões de Hollywood. EDUARDO MÃOS-DE-TESOURA (1990) demonstrou-o bem — a história de um ser humano fabricado e, pela morte do seu criador, incompleto mas capaz de encontrar amor genuíno.

No seio desse desígnio, estão as constantes fantasia e ironia burtonescas, que infundem quotidianos reconhecíveis de elementos surpreendentemente oníricos. E, a julgar por esta surpreendente e peculiar definição de "amor à primeira vista", o mesmo se adapta aos mais puros sentimentos românticos.



3. ED WOOD (1994)



No seu filme menos "fantasioso", Burton também aposta no ocasional momento de imaginário. Neste que é o único biopic da sua carreira, nostalgicamente rodado a preto e branco, reclama-se uma série de ideais cinematográficos (paixão, inocência, o cinema pelo cinema) difíceis de descobrir nos nossos dias.

Esses méritos são personificados pela encenação do encontro fortuito (do qual não existem quaisquer registos de que alguma vez tenha ocorrido) entre Orson Welles e Ed Wood — respectivamente, e segundo os historiadores, o melhor e o pior cineasta de todos os tempos. Se a qualidade do cinema produzido por ambos era completamente díspar, esta sequência almeja sugerir uma partilha de aspirações artísticas. E em vez de Welles ou Wood, essa vontade poderia muito bem ser expressa pelo próprio Burton, um autor que também sofreu constrangimentos impostos pelos "moneymen"...



2. BATMAN REGRESSA (1992)



Mistletoe can be deadly if you eat it, but a kiss can be even deadlier if you mean it. Sem dúvida! Com Tim Burton, uma obra artística direccionada para públicos juvenis (as personagens criadas por Bob Kane é exemplo máximo disso) pode assumir, como aqui se demonstra, contornos de violência física, ambiguidade verbal e eminentemente eróticos.

A desconstrução de imagéticas populares é motivo recorrente na obra de Burton — basta lembrar as presenças constantes do Natal ou do Halloween nos seus filmes —, mas tal, em nenhum outro momento, foi tão longe como este rendez-vous entre Batman e Catwoman. Memorável para o espectador, problemático junto da Motion Picture Association of America. O filme ressentiu-se crítica e financeiramente, mas tal não nos omitiu esta cena fabulosa.



1. A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA (1999)



Não é preguiça nem ausência de imaginação que me faz reiterar este título na presente lista. Tal acontece por causa deste momento memorável, um portento visual único, capaz de englobar todas as características do realizador: o sobrenatural como motor da acção, a paleta de cores nocturna e inundada de sombrios contrastes, o design gótico do cenário, a presença de um olhar infantil amedrontado, a banda sonora de Danny Elfman (colaborador regular de Burton) plenamente realçada, o Halloween e outras criaturas míticas recriadas por um brinquedo de criança... Material inconfundivelmente burtoniano.

Esta sequência possui um pequeno spoiler, mas está longe de ser prejudicial para quem não conhece o filme. Contudo, merece ser revista vezes sem conta. Se não for pelo ritmo viciante da mesma, que seja pela detecção de inúmeras nuances recorrentes na filmografia de Tim Burton.



quinta-feira, julho 29, 2010

5 Momentos Memoráveis

#10: Confronto de Lendas (Parte 1 — Actores)

O que transformará alguém em "figura lendária da Sétima Arte"? O sucesso dos filmes que protagonizou? O seu carisma e/ou aspecto físico? A marca que o seu percurso artístico deixou em milhões de espectadores? Possivelmente todas estas hipóteses expliquem a razão de alguns actores possuírem uma mística que poucos alcançam. E não deixa de ser ainda mais memorável quando dois nomes desse restrito "grupo" partilham o grande ecrã no mesmo filme.

É esse exercício de cinefilia que o Keyzer Soze's Place tem o prazer apresentar, numa selecção de cinco (e obrigatória menção honrosa) sequências inesquecíveis. Para já, realçamos os confrontos de lendas masculinas — e fiquem atentos à versão no feminino desta incursão pela história do Cinema que será publicada em breve.

Menção Honrosa: Christopher Walken vs. Dennis Hopper em AMOR À QUEIMA-ROUPA (1993)



Uma peculiar teoria sobre a origem genética dos sicilianos serve de mote para esta sequência (brilhantemente escrita por Quentin Tarantino) que coloca frente a frente dois dos actores que melhor simbolizam o que é ser "cool" em Hollywood. Apesar de não esboçar o seu habitual "pézinho de dança", Christopher Walken está tremendamente ameaçador enquanto tortura a personagem de Dennis Hopper no sentido de aferir o paradeiro do protagonista de AMOR À QUEIMA-ROUPA. O desenlace adivinha-se a léguas mas não há hipóteses deste "confronto" não ficar registado na memória do espectador...

O momento-chave:
Coccotti (Walken): You know who I am, Mr. Worley?
Clifford Worley (Hopper): I give up. Who are you?
Coccotti: I'm the Anti-Christ. You got me in a vendetta kind of mood. You tell the angels in heaven you never seen evil so singularly personified as you did in the face of the man who killed you.



5. James Dean vs. Rock Hudson em O GIGANTE (1956)



Apesar da sua curta carreira, nenhum outro actor atingiu o patamar lendário de James Dean. Sempre a principal figura dos três filmes que protagonizou, e na pele de Jett Rink em O GIGANTE, espalhou a sua eterna aura de inadaptado ao enfrentar o impressionante físico de Bick Benedict (Rock Hudson) para anunciar que de mero capataz passará a ser um magnata do petróleo. Um indiscreto comentário à beleza de Leslie (Elizabeth Taylor) culminará no principal momento deste "confronto" — uma cena repetidamente ensaiada, tal como a rara fotografia acima publicada demonstra.

O momento-chave:
Jett Rink (Dean): My well came in big, so big, Bick and there's more down there and there's bigger wells. I'm rich, Bick. I'm a rich 'un. I'm a rich boy. Me, I'm gonna have more money than you ever thought you could have - you and all the rest of you stinkin' sons of ... Benedicts!



4. Charlton Heston vs. Orson Welles em A SEDE DO MAL (1958)



Duas figuras díspares nas suas vidas pessoal e artística, mas cujos nomes não podem ser ignorados para uma história concisa do Cinema, defrontam-se no clímax de A SEDE DO MAL, talvez um dos melhores noirs de sempre. Destaca-se a transformação física de ambos: Heston interpreta o mexicano Vargas (com bronzeado e tudo!); Welles, quase irreconhecível, empresta à sua famosa voz um arrastado sotaque americano na pele do capitão Quinlan. Quando o primeiro apresta-se a desmascarar a corrupção do polícia, somos testemunhas de um "confronto" sublinhado pelo chiaroscuro e sucessivos contrapicados que tornam a personagem de Welles ainda mais ameaçadora.

O momento-chave:
Quinlan (Welles): That wasn't no miss, Vargas. That was just to turn you 'round, so I don't have to shoot you in the back. Unless you'd rather run for it.



3. Al Pacino vs. Robert De Niro em HEAT — CIDADE SOB PRESSÃO (1995)



Fizeram carreira em títulos onde a violência, física e verbal, detinha proeminência. Mas quando Al Pacino e Robert De Niro partilham, pela primeira e antológica vez, a mesma cena, encontramos prudência, contenção e formalismo. Da mise-en-scène até ao diálogo trocado entre Pacino (o polícia Vincent Hanna) e De Niro (o ladrão hi-tech Neil McCauley), a tensão deste "conflito" é pautada pelos argumentos de cada um, assim como a troca de olhares simultaneamente benigna e intimidante. Talvez por este momento, HEAT — CIDADE SOB PRESSÃO é o melhor policial dos anos 90.

O momento-chave:
Vincent Hanna (Pacino): But I tell you, if it's between you and some poor bastard whose wife you're gonna turn into a widow, brother, you are going down.
Neil McCauley (De Niro): There is a flip side to that coin. What if you do got me boxed in and I gotta put you down? Cause no matter what, you will not get in my way. We've been face to face, yeah. But I will not hesitate. Not for a second.



2. Buster Keaton vs. Charles Chaplin em LUZES DA RIBALTA (1952)



O "confronto" de LUZES DA RIBALTA assinala o momento histórico em que dois dos nomes incontornáveis dos silent years partilharam a mesma sequência. Chaplin, o "rei da pantomina" e detractor do filme sonoro, resgatou Keaton, o "homem que nunca ria", do obscurantismo em que se encontrava. Neste bizarro tour de force musical — se o piano sofre uma estranha afinação, o violino também não ficará melhor tratado — os dois actores "roubam", desportiva e exemplarmente, o protagonismo da cena e o resultado final, para o espectador, não poderia ser outro do que a pura gargalhada desbragada...

O momento-chave:
As imagens falam por si.



1. George C. Scott vs. Peter Sellers em DR. ESTRANHOAMOR (1964)



George C. Scott queixou-se várias vezes do overacting que Stanley Kubrick lhe impôs; Peter Sellers construiu um Presidente dos EUA ingénuo e sempre indeciso. A química entre os actores originou sequências inesquecíveis na sala onde se decidia o futuro de um planeta à beira da aniquilação nuclear. O "confronto" de Scott e Sellers (dois nomes fundamentais para a compreensão do Cinema nos anos 60) ocupa o lugar cimeiro desta lista pelo seu imenso contributo à elevação de DR. ESTRANHOAMOR como uma das sátiras mais acutilantes sobre a loucura bélica da Humanidade.

O momento-chave:
President Merkin Muffley (Sellers): I will not go down in history as the greatest mass-murderer since Adolf Hitler.
General "Buck" Turgidson (Scott): Perhaps it might be better, Mr. President, if you were more concerned with the American People than with your image in the history books.



Creative Commons License
Keyzer Soze's Place by Sam is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Based on a work at sozekeyser.blogspot.com.