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sábado, dezembro 29, 2012

2012 no Cinema (1ª Parte)

2012 EM PORMENORES

O bom, o mau, o surpreendente e o banal estão sempre nos detalhes... Do cinema estreado comercialmente no nosso país em 2012, eis treze "categorias" analisadas e que falam por si:

O Filme Mais Subvalorizado do ano



. CRÓNICA, de Josh Trank, quase o equivalente de O PROJECTO BLAIR WITCH para a sobrevivência do género found footage, coloca todo o seu gimmick (efeitos visuais incluídos) a favor da narrativa e evita a típica conclusão que grita "sequela!". A surpresa mais agradável do ano.

O Filme Mais Sobrevalorizado do ano



. MOONRISE KINGDOM, de Wes Anderson: narrativamente cabotino, tematicamente desprovido de originalidade e esteticamente cansativo, impinge a sua marca autoral em cada sequência e perde naturalidade nesse processo. De uma mediania que nunca deveria ter sido empolgada.

O Melhor Filme do ano que não conheceu estreia em Portugal



. o manipulador KILLER JOE, de William Friedkin, cujo lançamento comercial no nosso país encontra-se, aparentemente, num "limbo". Quase cartoonesco na sua violência, percorre um caminho estreito entre a comédia surreal e o tenebroso realismo, assinalando o regresso de forma de William Friedkin (OS INCORRUPTÍVEIS CONTRA A DROGA e O EXORCISTA).

A Interpretação Masculina do ano



. Michael Shannon, em PROCUREM ABRIGO (Jeff Nichols), mais do que o retrato da provável degeneração mental de um indivíduo, o seu protagonismo é colocado como epíteto da Humanidade contemporânea — amedrontada, paranóica e confusa face às agressivas "manifestações" que a rodeia — numa composição que balança, admiravelmente, a pura contenção e o violento clamor.

A Interpretação Feminina do ano



. a destemida serenidade e majestosa imagem da inevitabilidade do ser humano por Emmanuelle Riva, em AMOR (Michael Haneke).

O Actor do ano



. 2012 colocou em evidência que afinal existe versatilidade e profundidade dramática em Matthew McConaughey, protagonizando uma impressionante "reabilitação" artística com o seu stripper empreendedor de MAGIC MIKE (Steven Soderbergh), o político sem escrúpulos de MORRE... E DEIXA-ME EM PAZ! (Richard Linklater) e o ambíguo jornalista de THE PAPERBOY — UM RAPAZ DO SUL (Lee Daniels). Portugal deve-lhe a "apresentação pública" do acima referido KILLER JOE (William Friedkin), onde pontifica, sem dúvida, o papel da sua vida.

A Actriz do ano



. Judi Dench, a prova de que o consensual reconhecimento de uma carreira não é antónimo de prolífera actividade, como o demonstraram a sua actriz clássica em A MINHA SEMANA COM MARYLIN (Simon Curtis), a mãe protectora de J. EDGAR (Clint Eastwood), a reformada vulnerável em O EXÓTICO HOTEL MARIGOLD (John Madden) e uma chefe do MIT da velha guarda em 007 — OPERAÇÃO SKYFALL (Sam Mendes).

O Regresso do ano



. Jean-Louis Trintignant, repentino e enigmático retrato, quase extremo, de dedicação matrimonial em AMOR (Michael Haneke).

A Desilusão do ano



. HOLY MOTORS, de Leos Carax, que trouxe às plateias internacionais — adormecidas ou não — algumas das ideias de Cinema mais pertinentes do ano mas, ao confundir irreverência com aleatoriedade e experimentalismo com pretensiosismo, não as sustenta nem alimenta no espectador.

A Banda Sonora do ano



. VERGONHA (Steve Mcqueen), por Harry Escott.

O Plano-Sequência do ano

. VERGONHA, de Steve McQueen:



O Animal de Estimação do ano



. Mr. Whiskers, em FRANKENWEENIE (Tim Burton).

O Adereço do ano





. as limusinas de COSMOPOLIS (David Cronenberg) e HOLY MOTORS (Leos Carax).

domingo, dezembro 16, 2012

Jukebox #34

(«Jukebox»: boa música e os videoclips mais criativos do ponto de vista cinematográfico).

. The Killers, «Here With Me»



«Here With Me» pode não ser, do ponto de vista musical, um tema de audição obrigatória para este final de 2012. Contudo, tal não impediu Tim Burton de formular este videoclip totalmente pessoal.

Para além do seu vincado estilo visual, é protagonizado por Winona Ryder (que, assim, reune-se com o realizador de OS FANTASMAS DIVERTE-SE e EDUARDO MÃOS-DE-TESOURA) e transforma Craig Roberts — lembram-se dele em SUBMARINO? — num forte candidato a ser presença assídua em futuros filmes de Burton.



sábado, outubro 06, 2012

Hollywood Buzz #183

O que se diz lá fora sobre FRANKENWEENIE, de Tim Burton:



«This isn't one of Burton's best, but it has zealous energy. It might have been too macabre for kids in past, but kids these days, they've seen it all, and the charm of a boy and his dog retains its appeal.»
Roger Ebert, Chicago Sun-Times.

«While FRANKENWEENIE is fun, it is not nearly strange or original enough to join the undead, monstrous ranks of the classics it adores.»
The New York Times, A.O. Scott.

«This beautifully designed canine-resurrection saga feels, somewhat fittingly, stitched together from stray narrative parts, but nonetheless evinces a level of discipline and artistic coherence missing from the director's recent live-action efforts.»
Justin Chang, Variety.

«FRANKENWEENIE is a cool little flipbook of historical Burtonian style. It even brings back old friends, including BEETLEJUICE's Winona Ryder and Catherine O'Hara.»
Lisa Schwarzbaum, Entertainment Weekly.

«It is nonetheless imaginative in a highly familiar and ultimately tedious way.»
Todd McCarthy, The Hollywood Reporter.

domingo, maio 13, 2012

SOMBRAS DA ESCURIDÃO (2012), de Tim Burton



Barnabas Collins (Johnny Depp), o mestre da mansão Collinwood, é rico, poderoso e um playboy inveterado. Até que comete o grave erro de partir o coração a Angelique Bouchard (Eva Green), uma bruxa que amaldiçoa-o com um destino pior que a morte: torna-o num vampiro e enterra-o vivo. Dois séculos depois, Barnabas é inadvertidamente libertado do seu túmulo e emerge num mundo muito diferente do seu, no ano 1972.



Quando Tim Burton opta pela aproximação estrita e totalmente comercial, o resultado final é, quase sempre, algo de genial em teoria mas "agridoce" na prática.

SOMBRAS DA ESCURIDÃO, adaptação de uma série televisiva norte-americana dos anos 60, demonstra-o na perfeição, alicerçando o argumento em humor ligeiro, mecanismos de slapstick e numa abordagem da sexualidade das personagens arriscada mas sempre inofensiva (em particular, gargalhadas à custa de sexo oral e uma sequência de paixão literalmente arrasadora entre Johnny Depp e Eva Green).

Se a sua fisionomia narrativa não consegue elevar o filme da mediania (espera-se que SOMBRAS DA ESCURIDÃO tenha constituído, para Burton, o "aquecimento" ideal com vista a FRANKENWEENIE), visualmente é impossível apontar-lhe defeito, muito embora os motivos predilectos do realizador sejam, desta feita, substituídos por intermináveis referências culturais modernas — até Alice Cooper tem direito a um hilariante cameo...

E, cada vez mais, se compreende a importância de Johnny Depp colaborar tão regularmente nos projectos de Burton. A sua composição é tão cinematográfica (alguém andou a estudar afincadamente o NOSFERATU de Murnau...) quanto pessoal: Barnabas Collins tem lugar cativo e imediato no rol de inadaptados encarnado pelo actor, dentro ou fora do universo burtonesco.

Os fãs de Tim Burton poderão ficar animados e/ou desiludidos. Para os restantes, trata-se de uma proposta recomendada mas não obrigatória.

5 Momentos Memoráveis

#17: Tim Burton



A propósito da estreia, esta semana em Portugal, de SOMBRAS DA ESCURIDÃO, o Keyzer Soze arrisca o exercício de desconstrução da carreira de Tim Burton em cinco sequências, acompanhadas da sempre obrigatória menção honrosa, para exemplificar a natureza do cinema de um dos autores que, centrado em mundos fantásticos, personagens excêntricas e na vincada dicotomia mundano versus irreal, perfilou uma das obras mais icónicas das últimas três décadas.

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MENÇÃO HONROSA: A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA (1999)



Ao adaptar um conto de Washington Irving, um dos mais conhecidos e estudados na cultura anglo-saxónica, Burton desenvolveu aquele que terá sido o seu maior pico de forma narrativa e visual, revelando-se este filme como obrigatório para fãs do universo do realizador.

A narração minuciosa das origens e destino do cavaleiro mencionado no título transporta-nos ao passado através da curiosa analogia visual entre as labaredas de uma lareira e o fogo que consome a floresta da batalha, de onde emerge, apropriadamente demoníaco, Christopher Walken num dos papéis mais radicais da sua carreira.



5. BATMAN (1989)



É quase impossível enumerar todas as influências (film noir, estética gótica, humor negro, expressionismo alemão, a própria banda desenhada criada por Bob Kane) que Burton emprestou à sua visão do vingador solitário de Gotham City. Mas mais impressionante que a escolha de Michael Keaton para encarnar Batman, foi observar Jack Nicholson na pele do Joker.

Mais cartoonesco do que se poderia imaginar para um filme em imagem real, mas absolutamente plausível no seio de um universo oriundo de banda desenhada, Nicholson alia a maquilhagem do palhaço, o "charme" do gangster, uma gargalhada cavernosa e algumas partidas de mau gosto para conceber este tenebroso e hilariante resultado final.



4. O GRANDE PEIXE (2003)



O romance no cinema de Tim Burton foge, completamente e pelos seus atributos estéticos, aos padrões de Hollywood. EDUARDO MÃOS-DE-TESOURA (1990) demonstrou-o bem — a história de um ser humano fabricado e, pela morte do seu criador, incompleto mas capaz de encontrar amor genuíno.

No seio desse desígnio, estão as constantes fantasia e ironia burtonescas, que infundem quotidianos reconhecíveis de elementos surpreendentemente oníricos. E, a julgar por esta surpreendente e peculiar definição de "amor à primeira vista", o mesmo se adapta aos mais puros sentimentos românticos.



3. ED WOOD (1994)



No seu filme menos "fantasioso", Burton também aposta no ocasional momento de imaginário. Neste que é o único biopic da sua carreira, nostalgicamente rodado a preto e branco, reclama-se uma série de ideais cinematográficos (paixão, inocência, o cinema pelo cinema) difíceis de descobrir nos nossos dias.

Esses méritos são personificados pela encenação do encontro fortuito (do qual não existem quaisquer registos de que alguma vez tenha ocorrido) entre Orson Welles e Ed Wood — respectivamente, e segundo os historiadores, o melhor e o pior cineasta de todos os tempos. Se a qualidade do cinema produzido por ambos era completamente díspar, esta sequência almeja sugerir uma partilha de aspirações artísticas. E em vez de Welles ou Wood, essa vontade poderia muito bem ser expressa pelo próprio Burton, um autor que também sofreu constrangimentos impostos pelos "moneymen"...



2. BATMAN REGRESSA (1992)



Mistletoe can be deadly if you eat it, but a kiss can be even deadlier if you mean it. Sem dúvida! Com Tim Burton, uma obra artística direccionada para públicos juvenis (as personagens criadas por Bob Kane é exemplo máximo disso) pode assumir, como aqui se demonstra, contornos de violência física, ambiguidade verbal e eminentemente eróticos.

A desconstrução de imagéticas populares é motivo recorrente na obra de Burton — basta lembrar as presenças constantes do Natal ou do Halloween nos seus filmes —, mas tal, em nenhum outro momento, foi tão longe como este rendez-vous entre Batman e Catwoman. Memorável para o espectador, problemático junto da Motion Picture Association of America. O filme ressentiu-se crítica e financeiramente, mas tal não nos omitiu esta cena fabulosa.



1. A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA (1999)



Não é preguiça nem ausência de imaginação que me faz reiterar este título na presente lista. Tal acontece por causa deste momento memorável, um portento visual único, capaz de englobar todas as características do realizador: o sobrenatural como motor da acção, a paleta de cores nocturna e inundada de sombrios contrastes, o design gótico do cenário, a presença de um olhar infantil amedrontado, a banda sonora de Danny Elfman (colaborador regular de Burton) plenamente realçada, o Halloween e outras criaturas míticas recriadas por um brinquedo de criança... Material inconfundivelmente burtoniano.

Esta sequência possui um pequeno spoiler, mas está longe de ser prejudicial para quem não conhece o filme. Contudo, merece ser revista vezes sem conta. Se não for pelo ritmo viciante da mesma, que seja pela detecção de inúmeras nuances recorrentes na filmografia de Tim Burton.



quinta-feira, março 01, 2012

Antestreia da Semana



Já se encontra disponível on-line o primeiro trailer de FRANKENWEENIE, onde Tim Burton refaz a sua curta-metragem de mesmo nome de 1984.



Simultaneamente uma homenagem e paródia à obra seminal de James Whale, FRANKENSTEIN (1931), será o primeiro filme em stop-motion com projecção em 3D e IMAX e reúne um elenco composto por colaboradores regulares de Burton, tais como Catherine O'Hara, Winona Ryder, Martin Landau e Martin Short.





Estreia, nos EUA, a 5 de Outubro.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

#32



... segundo as palavras da Inês Moreira Santos, colaboradora do Espalha-Factos:

Aqui ficam os 10 filmes da minha vida, sem qualquer ordem de preferência. A estes poderiam juntar-se tantos outros, mas tendo eu que (hoje) escolher apenas 10, são estas as minhas escolhas.

. ANNIE HALL
(1977, Annie Hall, Woody Allen)



Woody Allen no seu melhor. ANNIE HALL não podia deixar de entrar na minha lista por tudo o que é. Um dos meus filmes favoritos.

. O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE
(2001, Le fabuleux destin d'Amélie Poulain, Jean-Pierre Jeunet)



Há tanto para dizer sobre este filme, mas "mágico" assenta-lhe bem e já diz muito. A vida da Amélie faz-nos sonhar.

. CINEMA PARAÍSO
(1988, Nuovo Cinema Paradiso, Giuseppe Tornatore)



O retrato do amor pelo cinema (e não só). É daquelas escolhas onde não tive qualquer dúvida.

. O GABINETE DO DR. CALIGARI
(1920, Das Cabinet des Dr. Caligari, Robert Wiene)



O início do cinema de horror, o Expressionismo Alemão, um marco na história do cinema. Até de inspiração para Tim Burton criar EDWARD SCISSORHANDS ele serviu. Tudo boas razões para gostar tanto deste excelente filme mudo.

. PULP FICTION
(1994, Pulp Fiction, Quentin Tarantino)



Tudo neste filme é genial, as histórias, toda a linha que as liga, o elenco, o humor negro que caracteriza o realizador... Provavelmente o melhor filme de Tarantino.

. BLUE VALENTINE — SÓ TU E EU
(2010, Blue Valentine, Derek Cianfrance)



Pode ser uma das escolhas mais controversas desta lista, mas este é, definitivamente, um dos filmes da minha vida. Tão real e, por vezes, duro. Gosto mais dele a cada visualização, por muito blue que possa ser.

. JANELA INDISCRETA
(1954, Rear Window, Alfred Hitchcock)



Aqui poderia estar qualquer outro filme de Hitchcock. Escolhi este em especial por ter sido o primeiro que vi do mestre.

. LARANJA MECÂNICA
(1971, A Clockwork Orange, Stanley Kubrick)



Como estou sempre a dizer que gosto de loucos, nunca poderia de deixar de adorar este filme. E como também gosto de génios, Kubrick não poderia deixar de figurar aqui. Um dos meus favoritos de sempre.

. OS DIAS DA RÁDIO
(1987, Radio Days, Woody Allen)



E Woody Allen, mais uma vez. Recorrendo a MIDNIGHT IN PARIS, gostava de passar uns dias na era da rádio que sempre me fascinou. E RADIO DAYS transporta-nos tão bem para essa realidade.

. O GRANDE PEIXE
(2003, Big Fish, Tim Burton)



Mais uma vez a fantasia marca presença na minha lista. BIG FISH está cheio de beleza e magia, e é inevitável que nos deixemos encantar pelas histórias do protagonista.

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Obrigado, Inês, pela tua participação!

quarta-feira, outubro 12, 2011

#25



... segundo as palavras da Ana Cardoso, que embora não sendo blogger de cinema, nunca escondeu a sua paixão pela Sétima Arte:

Antes de apresentar as minhas escolhas, queria apenas dizer que estas foram baseadas no apelo pessoal de cada filme. Ou seja, não me vão ver a justificar as minhas opiniões com base na técnica ou no facto de o filme ser um clássico ou não. São filmes tiveram determinado impacto em mim devido à minha idade quando os vi e à altura quando os vi.

Os filmes não estão organizados por ordem alfabética, e não por ordem de preferência.


. ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
(1951, Alice in Wonderland, Clyde Geronimi, Wilfred Jackson e Hamilton Luske)



Este é o meu filme de animação favorito da Disney. Eu sempre gostei muito de histórias, principalmente mirabolantes, e este filme tinha tudo: comida que fazia crescer, bebidas que faziam encolher, flores que cantavam, exércitos de baralhos de cartas, uma "festa de chá" muito sui generis... Todo aquele absurdo era apelativo para mim e é, sem dúvida, o filme da Disney que mais vezes vi. Até já perdi a conta.

. A BELA E O MONSTRO
(1991, Beauty and the Beast, Gary Trousdale e Kirk Wise)



Mais um filme de animação (e não fico por aqui). A história é um clássico, a heroína é um bom exemplo para pessoas de todas as idades, há objectos que falam, uma batalha na torre de um palácio e tem aquela que, na minha opinião, é a melhor música da Disney: Beauty and the Beast. Mas a versão da Angela Lansbury, não a da Celine Dion.

É sempre bonito mencionar o facto de este ter sido o primeiro filme de animação a ser nomeado para o Oscar de Melhor Filme. Mas eu quando me apaixonei pelo filme ainda não sabia isso. Aliás, acho que aos 4 anos nem sabia o que eram os Oscars.


. EDUARDO MÃOS-DE-TESOURA
(1990, Edward Scissorhands, Tim Burton)



A primeira vez que vi este filme ainda não sabia ler, portanto não conseguia perceber as legendas. A minha prima estava ao meu lado e ia tentando explicar a história. É claro que o meu cérebro de 3 anos não conseguiu reter muita coisa dessa primeira visualização, mas ficou o essencial: 1. era um conto de fadas 2. era um conto de fadas mirabolante. Foi o que bastou. Depois de crescer e de mais umas tantas visualizações, ficou retido o seguinte: 1. era um conto de fadas 2. era um conto de fadas mirabolante 3. era um conto de fadas mirabolante com o Vincent Price. E para mim chega.

. GLADIADOR
(2000, Gladiator, Ridley Scott)



O Gladiator está nesta lista, porque marcou a minha transição entre ver filmes e ver filmes com atenção. Quando o vi pela primeira tinha cerca de 11/12 anos e foi o primeiro filme em que, realmente, comecei a prestar atenção a coisas como interpretação, cenários, iluminação... Foi como que um despertar, por assim dizer. E a partir daí comecei a ver filmes com outros olhos.

. SAGA HARRY POTTER
(2001, 2002, 2004, 2005, 2007, 2009, 2010, 2011, Harry Potter and the Philosopher's Stone, Harry Potter and the Chamber of Secrets, Harry Potter and the Prisoner of Azkaban, Harry Potter and the Goblet of Fire, Harry Potter and the Order of the Phoenix, Harry Potter and the Half-Blood Prince, Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1, Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2, Chris Columbus, Alfonso Cuarón, Mike Newell, David Yates)



Já que me foi permitido a pequena "batota" de pôr filmes relacionados na mesma posição, aqui ficam oito de uma vez.

A razão de os filmes do Harry Potter aqui estarem... Não sei bem como lhe chamar.
Geekness? Talvez. Adoro os livros. Foram dez anos a lê-los, a história do Harry e dos amigos é, sinceramente, uma das coisas mais bonitas que já tive o prazer de ler e os filmes estão aqui por causa disso. Porque são a manifestação cinematográfica de sete livros que mais prazer me deram de ler.

. A PRINCESA MONONOKE
(1997, Mononoke-hime, Hayao Miyazaki)



Foi complicado escolher só um do Miyazaki. Muito complicado. São todos maravilhosos. E, sinceramente, nem sei explicar porque escolhi este. Só tinha espaço para um e foi algo um bocado à sorte. O Miyazaki é um génio da animação e do storytelling.

. A PEQUENA SEREIA
(1989, The Little Mermaid, Ron Clements e John Musker)



Adoro a impulsividade e a rebeldia da Ariel, a personalidade do Sebastião e a fabulosa vilã que é a Úrsula. É também o filme que marca o começo da Disney Renaissance e que nos deu alguns dos melhores filmes produzidos pelo estúdio, incluindo os chamados Fabulous Four.

. MÚSICA NO CORAÇÃO
(1965, The Sound of Music, Robert Wise)



Ainda não sabia falar inglês e já sabia cantar as músicas deste filme. Não fazia ideia do que estava a dizer, mas os sons que eu imitava eram bonitos. Este é mesmo um dos melhores exemplos de algo que me marcou na infância e que me acompanhou enquanto crescia. Continuo a saber as músicas de cor e não me canso de ver este filme.

. TRILOGIA TOY STORY
(1995, 1999, 2010, Toy Story, Toy Story 2, Toy Story 3, John Lasseter, Ash Brannon, Lee Unkrich)



Adoro a Pixar. Adoro ao ponto da cegueira. Consigo admitir que alguns filmes podem ter defeitos, mas facilmente consigo ignorar esse facto. E de entre os filmes da Pixar, os que mais adoro são os do Toy Story, principalmente o Toy Story 3. Era miúda quando saíram os dois primeiros e quando o último saiu o ano passado não pude deixar de me identificar com o Andy. Mesmo apesar da minha "cegueira", tento avaliar objectivamente o Toy Story 3 ao dizer que é perfeito. A história prende ao ecrã, os brinquedos fazem rir, dão pena, fazem chorar... E nem são pessoas. São brinquedos. Intangíveis, ainda por cima.

. QUE TERIA ACONTECIDO A BABY JANE?
(1962, What Ever Happened to Baby Jane?, Robert Aldrich)



A interpretação da Bette Davis neste filme é absolutamente fabulosa. Ou assombrosa, melhor dizendo. Vi o filme pela primeira vez há alguns anos e fiquei deslumbrada com ela. E desde então, já voltei a ver o filme muitas vezes e mais. E a sensação de deslumbre é sempre intensa.

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Obrigado, Ana, pela tua participação!

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Curiosidade da Semana



Tim Burton foi galardoado, na mais recente atribuição dos Annie Awards (prémio anual que distingue o que de melhor se faz em animação), com o Winsor McCay Award pelo conjunto da sua obra artística.

Por motivos de agenda, o realizador de EDUARDO MÃOS-DE-TESOURA, A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA e do muito esperado ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS, não pôde comparecer à cerimónia. Contudo, Burton não quis deixar de apresentar os seus agradecimentos ao júri da International Animated Film Society, através deste original e muito sui generis vídeo:



Tim Burton a abordar o J-Horror? Eis uma perspectiva que este autor não deveria menosprezar...

sexta-feira, novembro 13, 2009

Filhos de Um Deus Maior #47

Para homenagear a carreira de Tim Burton, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (ou MoMA) será palco de uma exposição que incluirá livros e rascunhos pessoais do cineasta, sessões de autógrafos e a projecção de uma série de filmes intitulado «Tim Burton and the Lurid Beauty of Monsters», os quais "influenciaram, inspiraram e intrigaram Burton, ao mesmo tempo que reflectem os ambientes, temas e sensibilidades da sua carreira".

A promover o evento, temos este delicioso spot televisivo, inevitavelmente realizado pelo próprio Tim Burton e com banda sonora composta pelo seu habitual colaborador Danny Elfman:



Para mais informações, esta ligação contém todos os ingredientes necessários para alimentar o desejo de visitar Nova Iorque até Abril de 2010.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Hollywood Buzz #56

O que se diz lá fora sobre 9, de Shane Acker:



«It might have been an opportunity for the sort of challenging speculation sci-fi is best at, however, and the best reason to see it is simply because of the creativity of its visuals.»
Roger Ebert, Chicago Sun-Times.

«Every effort to expand the range of feature-length animation beyond the confines of cautious family fare is to be welcomed, and budding techno and fantasy geeks are likely to be intrigued and enthralled.»
A.O. Scott, New York Times.

«In the end, the picture's impact derives mostly from its design and assured execution.»
Todd McCarthy, Variety.

«Acker has created a fitful combination of beautiful, dreamlike images that never knit together forcefully enough to seem individual or convincing.»
Andrew O'Hehir, Salon.com.

«It certainly is a valuable introduction to an exciting new talent, but by expanding the film's length, characters and otherworldly environment things are strangely diminished.»
Kirk Honeycutt, Hollywood Reporter.

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