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domingo, maio 20, 2012

Festival de Cannes 2012 — Dia 4



. LAWLESS, de John Hillcoat (Em Competição)

Quem estará a despertar a atenção por trás de Tom Hardy, Jessica Chastain e Shia Labeouf?

O realizador John Hillcoat

«Quis mesmo sentir e compreender o mundo naquela altura e naquela parte dos Estados Unidos», John Hillcoat, durante a conferência de imprensa para LAWLESS.

Deslumbrantes Mia Wasikowska e Jessica Chastain

«John Hillcoat's moonshine drama looks handsome but its cocktail of violence and sentimentality sticks in the throat», Peter Bradshaw in The Guardian.

«This classy genre piece doesn't quite leave an emotional burn in the gut the way THE PROPOSITION did, but for those with a strong stomach for onscreen violence, it will hit the spot», Leslie Felperin in Variety.

«Loyalty and revenge dominate the film’s mostly messy narrative arc. But convention is only a means to an end for Hillcoat, whose contained vision of Prohibition-era America lingers on intimate details of human suffering; dirt hitting a coffin face, the fluttering of scorched leaves propelled into the air by a dynamite blast, and the gurgling blood from a slit throat are all reminders that Hillcoat’s cinema is equally brutal and poetic», Glenn Heath Jr. in indieWIRE.

. DUPÃ DEALURI / BEYOND THE HILLS, de Cristian Mungiu (Em Competição)

Cristian Mungiu perante os jornalistas

«Tento produzir uma forma diferente de cinema, um género diferente de filme. Não pretendo que o realizador seja "visível". A banda sonora e a música são elementos externos, logo não quis usá-los em demasia. E não acredito na necessidade de dizer ao espectador se deve sentir-se comovido ou não», Cristian Mungiu, sobre a produção de BEYOND THE HILLS.

I try to make a different kind of cinema, a different type of film. I do not want the director to be very visible. The music and editing are external elements and I did not want to over-use them. I don't think we need to tell the audience when they should feel moved or not

Cristian Mungiu ladeado pelas actrizes do seu filme, Cristina Flutur e Cosmina Stratan

«Enthralling, mysterious and intimately upsetting — a terrible demonstration of how poverty creates a space which irrational fear must fill», Peter Bradshaw in The Guardian.

. DARIO ARGENTO DRACULA 3D, de Dario Argento (Fora de Competição)

Thomas Kretschmann 'morde' Dario Argento

«Utterly lacking in imagination or suspense, this inane effort is strictly for hardcore Argento cultists», David Rooney in The Hollywood Reporter.

. ANTIVIRAL, de Brandon Cronenberg (Un Certain Regard)



«If imitation is the sincerest form of flattery, David Cronenberg should be feeling pretty chuffed with son Brandon’s big-screen debut, a petri dish of high-concept perversity and cultural commentary teeming with lo-fi ickiness», Megan Lehmann in The Hollywood Reporter.

«You’ll wince, you’ll gasp, you’ll even laugh at the director’s audacity at including some of the more outrageously grotesque shots, but most of all you will be affected down to your core on more than one occasion», Simon Gallagher in Film School Rejects.

[Fotos: Site oficial do Festival.]

domingo, novembro 13, 2011

Críticas da Semana

Breve resumo dos principais filmes visualizados esta semana:

. GIALLO
. APOLLO 18
. TABLOID
. PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM

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. GIALLO (2009), de Dario Argento



De férias em Itália, Linda (Emmanuelle Seigner) tem razões para acreditar que a irmã mais nova (Elsa Pataky) foi raptada. O inspector Enzo Avolfi (Adrien Brody) receia que a jovem seja a vítima mais recente de um sádico assassino apenas conhecido como Amarelo.



GIALLO só é giallo, no sentido restrito do género, pela capacidade que Argento ainda possui de conceber uma eficaz atmosfera de suspense e de encenar as mais surpreendentes sequências de gore. Seja por uma quebra de forma criativa ou pelos variados problemas de pré e pós-produção que afligiram o filme, certo é que estamos perante um dos títulos menores do cineasta: o desenvolvimento narrativo não é totalmente satisfatório (não me recordo de um clímax tão anti-climático em toda a carreira de Dario Argento) e, embora esse nunca tenha sido um tópico primordial na sua filmografia, dois protagonistas sem química relevante para que nos sintamos minimamente apreensivos quanto aos seus destinos.

Adrien Brody — aqui numa inusitada dupla função interpretativa — está longe de se revelar aquele "íman" de atracção para o espectador a que já nos habituou e Emmanuelle Seigner, aparentemente empenhada em acumular currículo com realizadores conceituados da actualidade (Jerzy Skolimowski é exemplo recente) do que em provar o seu talento, é mais plana que a mesa onde o serial killer de GIALLO comete os seus jogos de tortura. Para fãs do ícone do terror italiano apenas... e com algumas reservas.

. APOLLO 18 (2011), de Gonzalo López-Gallego



Décadas depois, a descoberta do material filmado pela tripulação da Apollo 18, uma missão oficialmente considerada como abandonada pela NASA, descortina as razões porque os EUA nunca mais regressaram à Lua.



Embora parcamente representado, o género do filme found fottage parece estar esgotado e incapaz de libertar-se do seu principal cânone, isto é, O PROJECTO BLAIR WITCH (1999). Nem mesmo quando transposto para a órbita do planeta e rumo ao nosso satélite natural, sob o pretexto de desenterrar uma teoria de conspiração acerca do programa espacial norte-americano...

Qualquer sugestão de realismo aqui presente é rapidamente estilhaçada pela ausência de "veracidade científica" — os astronautas caminham sobre o solo lunar com o mesmo à-vontade que na Terra... — ou pelos inúmeros hiatos que o próprio conceito do filme, a priori, ostenta. No entanto, existem méritos neste APOLLO 18, que alcança suster a imprevisibilidade e o nosso interesse através de uma direcção de montagem até certo ponto competente e, acima de tudo, por um óptimo trabalho de sonoplastia. A ver, sempre pela óptica do exercício de estilo.

. TABLOID (2010), de Errol Morris



Documentário sobre Joyce McKinney, que em 1977 foi acusada de raptar e atacar sexualmente Kirk Anderson, um jovem missionário mórmon, despoletando um longo circo mediático.



A realidade é sempre mais interessante do que a ficção, sobretudo contada por Errol Morris, um dos poucos documentaristas contemporâneos capazes de transformar uma rocambolesca mas verídica história de amor louco, rapto, traição religiosa, crime com relativo castigo e clonagem animal em algo de extraordinariamente fascinante e convidativo a posterior reflexão.

Descrevendo os factos num estilo sarcástico e dinâmico, TABLOID extrapola o mero relato dos acontecimentos e transforma-se num incisivo estudo sobre como a realidade pode ser exagerada, distorcida e sonegada conforme o interesse popular e, neste caso em particular, económico dos media. É nessa introspecção pela apetência humana por factos larger-than-life do nosso quotidiano que descobrimos os porquês da dedicação de Morris (mais conhecido por escrutinar a vida de arquitectos da Guerra Fria ou de carrascos do sistema penal norte-americano) a um tema aparentemente tão frívolo. Obrigatório.

. PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM (2011), de Rupert Wyatt



Durante as experiências levadas a cabo por Will Rodman (James Franco) para descobrir a cura para a doença de Alzheimer, um chimpanzé baptizado de César (Andy Serkis) recorre à sua inteligência geneticamente adquirida para conduzir uma revolta da sua espécie contra a Humanidade.



Nova incursão por uma história que já pode ser considerada como um filão rentável para Hollywood, surpreende pela tentativa (bem sucedida, por sinal) de guiar-se mais por ideias do que pelo estatuto de eye-candy de Verão, resistindo assim aos meros processos do remake — é palpável o trabalho sério que alguém empreendeu em recriar o cenário original (a queda do Homem face à ascensão do símio) e torná-la apelativa tanto para os familiarizados com a narrativa como para as plateias modernas que a observam pela primeira vez.

Obviamente, o verdadeiro protagonista do filme é o virtual César, capaz de "obliterar" os actores de carne e osso e mais um símbolo eloquente do que nos reserva o futuro a curto prazo do cinema de grande entretenimento. Mas se os efeitos visuais são dominantes, estes não dominam o filme: a narrativa flui naturalmente e até esmiúça alguma responsabilidade social (as associações de direitos do animal encontrarão aqui pano para mangas em prol do fim dos testes médicos em animais). Eis um excelente e raro modelo acabado de espectáculo contido. Só por isso, PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM merece a visualização.

domingo, outubro 31, 2010

5 Momentos Memoráveis

#13: 'Ok! That was disturbing'...



... ou as diversas nuances do horror/terror no Cinema. Um género que tem sido capaz de proporcionar alguns dos momentos mais inusitados da história do Cinema e de fertilidade criativa sem barreiras, encontra-se, infelizmente, em declínio no panorama actual de Hollywood (o filme mais recente desta lista data de 1998) pela repetição abundante de temas e por remakes de clássicos norte-americanos ou de produções estrangeiras — nomeadamente, de origem asiática, onde ainda é possível observar originalidade e vitalidade.

Como hoje celebra-se o Halloween (ou, para puristas da língua portuguesa, o Dia das Bruxas), eis a ocasião para recordar momentos que aterrorizaram e eriçaram os pelos de milhões de telespectadores. Sobretudo, aqueles que o conseguiram junto do Keyzer Soze's Place...

Os vídeos podem conter spoilers, revelações acerca dos argumentos dos filmes abaixo referidos. E também potenciadores de noites mal dormidas...

MENÇÃO HONROSA: A HORA DO LOBO (1968), de Ingmar Bergman



Resultado da convalescença de um esgotamento nervoso, foi a obra onde Ingmar Bergman mais se aproximou, gráfica e psicologicamente, do terror convencional. Também é das menos conhecidas do cineasta, apesar da admitida influência que exerce na nova vaga de thrillers suecos. Centrando-se nas estranhas figuras que assombram um pintor (Max von Sydow) sempre que a noite cai, A HORA DO LOBO culmina nesta assustadora e inesquecível metamorfose por parte de uma convidada do artista, que encontra uma forma original de se pôr à vontade na casa do seu anfitrião...



5. REPULSA (1965), de Roman Polanski



Exemplo supremo do sub-género terror psicológico, REPULSA é um fabuloso retrato de desmoronamento mental e físico. O seu preto-e-branco "sujo", oblíquos ângulos de câmara e o memorável desempenho de Catherine Deneuve incrementam, eficazmente, o nosso desconforto no momento em que a imaginação da protagonista cede perante os seus mais profundos recalcamentos e desejos. A partir daí, violência sexual, desleixo doméstico e paredes "traiçoeiras" deixam de ser simples alucinações...



4. RINGU (1998), de Hideo Nakata



Uma história que ficou registada na mente dos púbicos ocidentais em virtude do remake assinado por Gore Verbinski em 2002, o filme original permanece como o título que popularizou os temas e mecanismos, raramente repetitivos, do J-Horror. Capitalizando inteiramente na atmosfera em detrimento de 'cheap scares', RINGU deixou milhões de espectadores petrificados ao saberem da devastação que a "pequena" Sadako podia produzir... e, ao mesmo, apreensivos de qualquer cassete VHS com uma etiqueta pouco esclarecedora.



3. ALIEN — O 8º PASSAGEIRO (1979), de Ridley Scott



Introduziu no imaginário cinéfilo o extra-terrestre mais impiedoso de sempre, uma heroína das mais resistentes alguma vez capturadas em película e constitui, sem dúvida, a melhor fusão de ficção científica com terror. Sete tripulantes intergalácticos são forçados a pararem num planeta desconhecido e acabam por transportar para a nave-mãe uma criatura sem qualquer pejo de matar à primeira oportunidade. Um dos segredos do sucesso de ALIEN — O 8º PASSAGEIRO foi nunca conseguirmos ter um vislumbre detalhado do "monstro" — algo plenamente atestado neste brutal encontro do terceiro grau...



2. O EXORCISTA (1973), de William Friedkin



O melhor filme de terror de todos os tempos? Muito provavelmente (só não ocupa o primeiro lugar por esta ser uma lista de sequências). A imagem do puro mal encarnado em Regan, angélica menina de 12 anos que se transforma, progressivamente, num "compêndio" de indecência e obscenidade com propensão para cuspir pasta verde à cara de padres católicos. As audiências, em 1973, desfaleceram (literalmente) perante o arrojo narrativo e visual de O EXORCISTA. Conta a lenda que tais reacções só poderiam ser causadas por um demónio que se "apoderou" do filme. E ao vermos os primeiros sintomas de Regan, talvez a teoria não seja totalmente descartável...



1. SUSPIRIA (1977), de Dario Argento



Já aqui se falou da importância de uma atmosfera bem concebida como caminho para experiências de puro terror em Cinema. Nesse âmbito, Dario Argento é um dos principais nomes a ter em conta, e SUSPIRIA a sua obra seminal. Este é um momento memorável de horror em catadupa ("o homicídio mais perverso de sempre", segundo a Entertainment Weekly) a que ninguém consegue ficar indiferente pela conjugação brilhante de susto, gore e poder de sugestão — os ingredientes básicos do terror enquanto género cinematográfico.



sábado, outubro 31, 2009

Bruxas, Vampiros, Fantasmas e Monstros


Para celebrar o Dia das Bruxas, nada melhor como a listagem dos dez filmes de terror e/ou horror, acompanhados dos fantásticos trailers concebidos para os mesmos, que marcaram a minha vida.

Assim, e por ordem crescente, os meus favoritos são:

10. AS DIABÓLICAS (1955), de Henri-Georges Clouzot





9. O PROJECTO BLAIR WITCH (1999), de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez





8. SUSPIRIA (1977), de Dario Argento





7. PESADELO EM ELM STREET (1984), de Wes Craven





6. CARRIE (1976), de Brian de Palma





5. A PANTERA (1942), de Jacques Tourneur





4. RINGU (1998), de Hideo Nakata





3. ALIEN — O 8º PASSAGEIRO (1979), de Ridley Scott

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2. REPULSA (1965), de Roman Polanski





1. O EXORCISTA (1973), de William Friedkin





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