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sábado, junho 08, 2013

O Cinema dos Anos 2000: Saraband, de Ingmar Bergman




Depois de FANNY E ALEXANDRE (1982), o mestre Ingmar Bergman anunciou que se ia retirar do cinema. No entanto, como parar é morrer, continuou a trabalhar em televisão e a escrever para amigos e colegas como Bille August ou Liv Ullman, nunca se afastando completamente nas duas décadas seguintes. E ainda bem, porque se há algo que SARABAND revela é que o talento nunca se esvai e, neste que ficou para a história como o seu último filme, está a profundidade na análise do ambiente familiar e o amor pela música que se pode reconhecer em SONATA DE OUTONO (1978) ou DEPOIS DO ENSAIO (1984), com a mesma vitalidade e honestidade. Isto sem esquecer que estamos a falar de uma sequela a CENAS DA VIDA CONJUGAL (1973)...

30 anos depois, na história e na realidade, com os mesmos actores, agora envelhecidos, o que introduz um grau de credibilidade inaudito a esta evolução. Marianne (Ullman) e Johan (Erland Josephson) continuam divorciados, mas mantiveram-se amigos. Ela visita-o no seu retiro veranil, onde uma crise familiar se desenvolve, com Henrik e Karin como centro da atenção, respectivamente filho e neta de Johan. Bergman encontra sempre na intimidade pormenores que, para quem olha de fora, indiciam as causas das relações mal resolvidas entre as personagens, tornando a precisão com que se vão desenvolvendo e o realismo das acções e dos diálogos fascinante.

Obrigado pelas memórias, direktör Bergman!

por David Lourenço (O Narrador Subjectivo).

Elenco
. Liv Ullmann (Marianne), Erland Josephson (Johan), Börje Ahlstedt (Henrik), Julia Dufvenius (Karin), Gunnel Fred (Martha)


Palmarés
. Prémios Sant Jordi: Prémio Especial (Ingmar Bergman)


Sobre Ingmar Bergman

Reconhecido como um dos autores mais completos e prestigiosos (Woody Allen e Krzysztof Kieślowski são dois dos cineastas que mais notam a influência de Bergman na sua obra) da História do Cinema, demonstrou, também, talento enquanto encenador e produtor de séries de televisão. Os seus temas predilectos — morte, doença, fé, traição, tristeza e loucura — estão patentes em títulos como O SÉTIMO SELO (1957), MORANGOS SILVESTRES (1957), O ROSTO (1958), A MÁSCARA (1966), A HORA DO LOBO (1968) e LÁGRIMAS E SUSPIROS (1972).



quinta-feira, novembro 10, 2011

#29



... segundo as palavras do Gabriel Martins, autor do blog Alternative Prison:

Os filmes estão pela ordem que eu os vi ao longo da vida. Se é uma lista de filmes da nossa vida faz-me sentido que a abranja toda.

. A GUERRA DAS ESTRELAS + O IMPÉRIO CONTRA-ATACA + O REGRESSO DE JEDI
(1977, Star Wars: Episode IV - A New Hope, George Lucas, 1980, Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back, Irvin Kershner, 1983, Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi, Richard Marquand)



É daqueles filmes que apaixona qualquer criança, Star Wars é um imaginário divertidíssimo, carregado de personagens memoráveis. Fez-me sonhar e continua a fazê-lo, e isso não dá para esquecer. Adoro os 3 filmes mas o do meio é a obra-prima.

. PULP FICTION
(1994, Pulp Fiction, Quentin Tarantino)



PULP FICTION é um fenómeno. Um filme que parecia não querer saber das regras, contava a história como bem lhe apetecia. É um filme com personalidade, estilo e claro um argumento do caraças.

. O FESTIM NU
(1991, Naked Lunch, David Cronenberg)



David Cronemberg está e possivelmente estará sempre no topo das minhas listas de realizadores ou filmes favoritos. Acho-o simplesmente formidável. Foi o segundo filme que vi dele e tal como já foi mencionado por outra pessoa, abriu- me uma porta para um outro mundo cinematográfico. Um filme que deambula entre a realidade e o delírio nunca deixando de nos captar a atenção.

. VELVET GOLDMINE
(1998, Velvet Goldmine, Todd Haynes)



Uma das minhas maiores paixões cinematográficas. Deu-me a conhecer Todd Haynes, Oscar Wilde, Iggy Pop e David Bowie (mesmo que este não directamente). É portanto uma explosão de cinema, música e literatura; de cores, sons e irreverência.

. VEIO DO OUTRO MUNDO
(1982, The Thing, John Carpenter)



Mais um filme que me prendeu logo nos primeiros instantes e até hoje nunca mais me largou. A atmosfera claustrofóbica é absolutamente deliciosa. Não nenhum sítio para fugir quando estamos na Antárctida e quando uma forma de vida alienígena tem a capacidade de copiar qualquer organismo vivo, em quem se pode confiar? O homem é tal como a frase na capa promove "The Warmest Place To Hide". John Carpenter no seu melhor.

. A CORDA
(1948, Rope, Alfred Hitchock)



É impossível escolher apenas um Hitchcock, no entanto, Rope aborda uma temática que muito me agrada, a do super-homem de Nietzsche. Não é à toa que Crime e Castigo é um dos meus livros favoritos. O filme tem também a particularidade de se apresentar como se fosse filmado num único plano.

. DISPONÍVEL PARA AMAR + 2046
(2000, Fa yeung nin wa, 2004, 2046, Wong Kar Wai)



Vou aproveitar-me da possibilidade de metermos sequelas para escolher estes dois. Não têm de seguir esta ordem, eu vi primeiro 2046 e os filmes são belíssimos e funcionam independentes um do outro. No entanto, a experiência é mais enriquecedora se virmos os dois. Isto porque a personagem de Tony Leung é uma pessoa diferente nos dois filmes, viveu, mudou. Os acontecimentos de um filme reflectem-se no outro. Duas odes ao amor como só Wong Kar Wai é capaz de fazer.

. A MÁSCARA
(1966, Persona, Ingmar Bergman)



Duas actrizes. Um monólogo. Persona é uma obra-prima que prova que para termos um grande filme só precisamos de uma grande ideia, uma grande visão. Um dos melhores filmes sobre a psique humana com um final absolutamente arrebatador.

. THE GENERAL
(1926, The General, Buster Keaton e Clyde Bruckman)



O filme é inspirado numa grande perseguição a uma locomotiva que decorreu em 1862 durante a guerra civil americana, quando um grupo de membros do Union Army, o exército do Norte, tomaram em sua posse o comboio "The General". Keaton, baseando-se nesta história, construiu uma das maiores comédias mudas do Cinema, é um daqueles imperdíveis.

. 2001: ODISSEIA NO ESPAÇO
(1968, 2001: A Space Odyssey, Stanley Kubrick)



O 2001 é um dos filmes mais completos e grandiosos que vi até hoje. Dividido em diferentes partes, todas elas interligadas mas completamente distintas, contribuem para que o filme oscile ao longo do tempo entre diversos géneros. Assim temos uma narrativa, por vezes carregada de tensão e suspense na parte sobre o HAL 9000 ou simplesmente a força das imagens num belíssimo bailado espacial. E não podemos esquecer que a elipse cinematográfica mais poderosa do Cinema se encontra aqui.

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Obrigado, Gabriel, pela tua participação!

sábado, setembro 17, 2011

#22



... segundo O Projeccionista, do blog A Última Sessão:

. METROPOLIS
(1927, Metropolis, Fritz Lang)



Ao contrário do que possa parecer, o período mudo não era tão limitado quanto isso. Filmes como este provam exactamente o contrário. Que bastava querer para fazer algo grandioso. E Fritz Lang fê-lo como poucos. Este filme, que continua a influenciar muita gente, é um dos meus filmes de ficção científica favoritos.

. CREPÚSCULO DOS DEUSES
(1950, Sunset Blvd., Billy Wilder)



Um fantástico filme sobre Hollywood durante a transição do mudo para o sonoro, com interpretações assombrosas de velhas glórias daquela época, que 'sofreram' na pele a chegada do som. A Norma Desmond de Gloria Swanson é uma personagem bigger than life.

. OS INÚTEIS
(1953, I vitelloni, Federico Fellini)



Fellini tem inúmeros grandes filmes, mas para mim, dos que vi, este é o melhor. Simples e uma bela homenagem às suas origens.

. O SÉTIMO SELO
(1957, Det sjunde inseglet, Ingmar Bergman)



Tal como referi com Fellini, Bergman tem também uma grande variedade de grandes obras no currículo. O confronto entre o Homem e a Morte, num célebre jogo de xadrez, é uma das maiores histórias do Cinema.

. OS QUATROCENTOS GOLPES
(1959, Les Quatre Cents Coups, François Truffaut)



Um grande filme sobre a infância, que me deu a conhecer uma das minhas personagens preferidas: Antoine Doinel.

. PSICO
(1960, Psycho, Alfred Hitchcock)



Escolher um filme de Hitchcock é tarefa ingrata, pois são poucos os filmes que o mestre do suspense realizou que não tenham deixado marcas em quem os viu. Psico é o meu preferido e é para mim um dos melhores filmes de terror de sempre.

. ACONTECEU NO OESTE
(1968, C'era Una Volta Il West, Sergio Leone)



Westerns há muitos, mas poucos souberam levar o género para fora das fronteiras dos EUA como Leone. Este filme é qualquer coisa. Lembro-me de ter ficado completamente fascinado logo na primeira vez que o vi com aquela fantástica cena de abertura na estação de comboios.

. LARANJA MECÂNICA
(1971, A Clockwork Orange, Stanley Kubrick)



É difícil explicar porque gosto deste filme. É daqueles filmes que já vi mais vezes e de cada vez que o vejo, parece que gosto mais dele.

. TRILOGIA INDIANA JONES
(1981, 1984, 1989, Raiders of the Lost Ark, Indiana Jones and the Temple of Doom, Indiana Jones and the Last Crusade, Steven Spielberg)



Se há herói que me marcou no cinema foi Indiana Jones. Parece parvo dizer isto, mas estes filmes fizeram-me sonhar com aventuras em busca de tesouros perdidos. E durante muitos anos pensei ser arqueólogo à conta do Indy. Não entra o quarto, pois considero-o um dos piores filmes que vi e não o incluo na saga.

. OS TENENBAUMS — UMA COMÉDIA GENIAL
(2001, The Royal Tenenbaums, Wes Anderson)



De todos os filmes aqui apresentados, este é talvez a carta mais fora do baralho. Mas tinha de aqui estar por ser mesmo um dos meus filmes preferidos e o primeiro que me levou mais do que uma vez ao cinema para ver o mesmo filme. E revejo-o vezes sem conta, gostando cada vez mais a cada visionamento. Tem uma excelente história, personagens bastante originais (o Royal de Gene Hackman, um dos maiores filhos da mãe dos últimos anos, é genial), até o Ben Stiller e o Owen Wilson ficam bem na fotografia de família. E claro, foi realizado por Wes Anderson, que considero ser um dos cineastas mais originais que apareceu nos últimos anos nos EUA. Só tenho pena do título em português ser tão idiota.

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Obrigado, O Projeccionista, pela tua participação!

sábado, julho 09, 2011

Curiosidade da Semana

Com 31 anos de idade, Stanley Kubrick manifestou a sua admiração por Ingmar Bergman através de uma carta, recentemente divulgada pela Cinemateca Alemã, a qual constitui um dos objectos de memorabilia cinematográfica mais interessantes da História da Sétima Arte.

Fala por si...



9 de Fevereiro, 1960

Caro Sr. Bergman,

Muito provavelmente, já terá obtido tanto reconhecimento e sucesso mundial que uma nota como esta é quase supérflua. Mesmo que ela seja de pouco valor, gostaria de lhe expressar o meu louvor e gratidão, enquanto colega realizador, pelo sublime e brilhante contributo que deu ao mundo através dos seus filmes (nunca visitei a Suécia e por isso não tive o prazer de ver a sua produção teatral). A sua visão da vida comoveu-me intensamente, muito mais do que me comovi com outros filmes. Acredito que é o maior cineasta do nosso tempo. Para além disso, não existe ninguém como vós na criação de estados de espíritos e atmosfera, na subtileza das interpretações, no evitar do óbvio, na veracidade e plenitude das caracterizações. A isto devo também acrescentar tudo aquilo que a realização de um filme exige. Acredito que foi abençoado com actores maravilhosos. Max von Sydow e Ingrid Thulin residem vividamente na minha memória, assim como outros actores da sua companhia cujos nomes agora me escapam. Desejo a si e a todos os eles as maiores felicidades, e espero com muita ansiedade pelos seus próximos filmes.

Melhores cumprimentos,

Stanley Kubrick.


[Fonte: FilmmakerIQ.]
[Agradecimento: Filipe Coutinho, por me ter chamado a atenção para esta fantástica curiosidade.]

quinta-feira, julho 07, 2011

#16



... segundo o Jorge Rodrigues, do Dial P For Popcorn:

1. 2001: ODISSEIA NO ESPAÇO
(1968, 2001: A Space Odyssey, Stanley Kubrick)



O mais admirável e grandioso, para mim, da riquíssima filmografia de Kubrick, este filme é uma experiência sensorial fascinante, que junta, de forma maravilhosa, riqueza visual e portento sonoro. Uma ode a uma técnica prodigiosa, este é sem dúvida o filme que me mostrou a mim que nunca haverá um realizador tão dotado e visionário como este. Uma obra-prima imortal.

2. 8½
(1963, , Federico Fellini)



Contado da perspectiva do realizador (cuja personagem, subentende-se, é uma encarnação do próprio Fellini, supostamente perdido na sua carreira), este é o melhor filme que já vi sobre cinema. Relatando a história privilegiando imagem sobre conteúdo, baseando todo o filme no limbo entre a fantasia e a realidade, o processo de Fellini é irrepreensivelmente fascinante, quase mágico até – ele revela, ele desconstrói, ele só mostra o que nos quer deixar ver. Este é um filme para se deixar levar – e se maravilhar. Quando termina, faz-nos sentir como se tivéssemos chegado de uma viagem longa mas surreal.

3. EVA
(1950, All About Eve, Joseph L. Mankiewicz)



Rico em discussões, discórdias e confusões, cheio de inteligência, elegância, fluidez e muita personalidade, um argumento sagaz e muito perspicaz na forma como analisa os bastidores do teatro e da fama e celebridade e um confronto que faz a tela pegar fogo. Na teoria, este filme tinha tudo para dar certo. Mankiewicz e o elenco deram 100% de si mesmo para assegurar a universalidade e a pertinência deste filme para muitos séculos que hão-de vir.

4. ANDREI RUBLEV
(1966, Andrey Rublyov, Andrei Tarkovskiy)



Brilhante em termos técnicos, de ritmo deliberadamente lento, uma história fascinante na forma como retrata a Rússia do século XV, ANDREI RUBLEV o filme mais enigmático e complexo do genial Tarkovsky, é pura poesia cinematográfica, uma película surpreendente sobre a transcendência na arte, na fé, na vida.

5. CHINATOWN
(1974, Chinatown, Roman Polanski)



Um thriller noir nada convencional que vive muito da capacidade perceptiva e mestria do grande realizador Roman Polanski (em topo de forma aqui, naquele que é o seu maior trabalho) e da interpretação fabulosa tanto de Jack Nicholson como de Faye Dunaway. Nota-se na forma cuidada como cada frame está disposto (uma composição imaculada), na subtileza de vários detalhes e na forma como o filme nos prende do princípio ao fim, envolvendo-nos numa trama sem par.

6. O MUNDO A SEUS PÉS
(1941, Citizen Kane, Orson Welles)



Tecnicamente perfeito, não desperdiçando um segundo sequer de película, exuberante na forma profunda como narra o passado de Charles Foster Kane, que ensina uma valiosíssima lição sobre a vida: nós só sobrevivemos nas memórias dos outros, não no que outrora possuímos ou fizemos. Seremos imortais porque assim nos tornámos no imaginário das pessoas. Charles Kane era um simples homem — mas na mente dos outros, tornou-se mais do que isso. A história extraordinária de um homem tão singular e único, CITIZEN KANE funciona como uma revelação, como um épico que de épico nada tem e que fica para sempre nos anais da história como um dos maiores filmes que o cinema alguma vez produziu.

7. ANA E SUAS IRMÃS
(1986, Hannah and Her Sisters, Woody Allen)



O filme mais maduro do enorme contador de histórias, narrador de neuroses suburbanas e de relacionamentos periclitantes que é Woody Allen, HANNAH AND HER SISTERS convence por ser genuíno, por ter um coração tão grande quanto a profundidade comédica do seu argumento, por aliar tão bem o intelectual com o enérgico, por retratar de forma tão curiosa e tão autêntica as complexas relações entre três irmãs e as várias pessoas que giram e se interconectam nas suas vidas. Apaixonante, igualmente divertido e sério, sobretudo sincero e honesto, este é o Woody mais completo que eu já vi.

8. NASHVILLE
(1975, Nashville, Robert Altman)



Nunca vi um filme como este e nunca mais, suspeito eu, irei ver. Robert Altman é único e este NASHVILLE é a sua obra-prima mais Altmanesca. Um elenco sublime e todos com participações gloriosas, num entrelaçar de várias histórias compilado que ajuda e muito na construção da atmosfera colorida, envolvente e tão peculiar pela qual a grande cidade do Tennessee, capital mundial da música country (que também tem um grande papel no filme), é universalmente conhecida e que o filme tão bem retrata. Influente, inspirador, desafiador de convenções, NASHVILLE é um dos clássicos modernos mais importantes do nosso tempo.

9. A MÁSCARA
(1966, Persona, Ingmar Bergman)



Hipnótico, complexo, absorvente, profundo, perfeito, PERSONA é a maior obra-prima do gigante do cinema universal que é Ingmar Bergman. Filmado experimentalmente a preto e branco, um exercício artístico assumido desde logo por parte do auteur, PERSONA impressiona e marca tanto pela sua simplicidade de conteúdo como pela complexidade das suas personagens e da relação estabelecida entre elas. Profundamente emocional, é uma experiência que dificilmente irei esquecer.

10. MADAME DE...
(1953, Madame de..., Max Ophüls)



Uma rica composição, excelente a conferir atmosfera e exímio na forma como explora a amplitude de movimentos da câmara, impressionante em termos visuais, esta obra-prima inesquecível de Ophüls, notável connaisseur do espaço e da emoção, capaz de criar o mais incrível dos dramas a partir da mais singela e vulgar ideia, hábil realizador consumido pela sua curiosidade e fixação pelos seus sujeitos, eternamente conhecido como o virtuoso cineasta do romance, é uma belíssima e arrebatadora experiência catártica.

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Obrigado, Jorge, pela tua participação!

sábado, junho 25, 2011

#14



... segundo o Francisco Rocha, do blog My One Thousand Movies:

1. BLADE RUNNER — PERIGO IMINENTE
(1982, Blade Runner, Ridley Scott)



2. JOHNNY GUITAR
(1954, Johnny Guitar, Nicholas Ray)



3. A DESAPARECIDA
(1956, The Searchers, John Ford)



4. ESTRADA PERDIDA
(1997, Lost Highway, David Lynch)



5. A SEDE DO MAL
(1958, Touch of Evil, Orson Welles)



6. HENRY: A SOMBRA DE UM ASSASSINO
(1986, Henry — Portrait of a Serial Killer, John McNaughton)



7. DO FUNDO DO CORAÇÃO
(1982, One From the Heart, Francis Ford Coppola)



8. STALKER
(1979, Stalker, Andrei Tarkovsky)



9. A HORA DO LOBO
(1968, Vargtimmen, Ingmar Bergman)



10. ACONTECEU NO OESTE
(1968, C'era Una Volta il West, Sergio Leone)



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Obrigado, Francisco, pela tua participação!

quarta-feira, junho 01, 2011

#12



... segundo as palavras do João Gonçalves, do blog Modern Times:

10 escolhas, 10 filmes da minha vida. Muitos ficaram de fora e foi difícil a selecção.

Como 10 tinham de ser, optei por aqueles que me dizem mais, não necessariamente os melhores. Valem o que valem. Não consigo justificar melhor, não quando os filmes são tão pessoais.


1. PRIMAVERA TARDIA
(1949, Banshun, Yasujirô Ozu)



Lembro-me de cinema, lembro-me de Ozu. Lembro-me da forma como me marcou este filme. Uma câmera, uma família.

2. O SACRIFÍCIO
(1986, Offret, Andrei Tarkovsky)



O último filme de Tarkovsky. O meu filme preferido. Uma sensibilidade uníca na arte de filmar.

3. AURORA
(1927, Sunrise: A Song of Two Humans, F.W. Murnau)



A melhor história de amor de todos os tempos. Não há filme no mundo mais belo do que Sunrise. Para City Girl e Tabu serviriam as mesmas palavras.

4. JANELA INDISCRETA
(1954, Rear Window, Alfred Hitchcock)



É o melhor filme do mestre Hitchcock. Cada vez que o revejo, novos pormenores encontro. Incrivelmente bem filmado.

5. O TOURO ENRAIVECIDO
(1980, Raging Bull, Martin Scorsese)



Porque foi dos primeiros filmes que vi quando comecei a ver cinema a sério. Scorsese no seu melhor, numa obra marcante.

6. O INTENDENTE SANSHO
(1954, Sanshô dayû, Kenji Mizoguchi)



Uma obra de arte.

7. VOANDO SOBRE UM NINHO DE CUCOS
(1975, One Flew Over the Cuckoo's Nest, Milos Forman)



Um filme perturbador, que não nos sai da cabeça por dias. Admiro a leveza, num tom quase cómico como é conduzido o filme para logo espetar um murro no estômago. Um filme que me diz muito.

8. MORANGOS SILVESTRES
(1957, Smultronstället, Ingmar Bergman)



Um filme de memórias. Sobre a vida, sobre o passado, sobre nostalgia.

9. AS PONTES DE MADISON COUNTY
(1995, The Bridges of Madison County, Clint Eastwood)



O melhor filme dos anos 90. Um romance único e apaixonante. Nada me comove mais que toda a cena do semáforo.

10. O VALE ERA VERDE
(1941, How Green Was My Valley, John Ford)



É um filme mágico, como só John Ford o sabe fazer.

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Obrigado, João, pela tua participação!

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