Mostrar mensagens com a etiqueta James Franco. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta James Franco. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, maio 01, 2013

SPRING BREAKERS: VIAGEM DE FINALISTAS (2012), de Harmony Korine



Quatro jovens universitárias partem para a sua viagem de finalistas, depois de alguns percalços para conseguirem o dinheiro necessário para a fazer. Acabam por sair em liberdade quando Alien, um traficante de armas e drogas, lhes paga a fiança. Em troca, vão ter de fazer algum trabalho sujo... — sinopse adaptada de filmSPOT.



Na teoria, os elementos narrativos de SPRING BREAKERS: VIAGEM DE FINALISTAS, sobretudo através da prometedora e aparente subversão de uma determinada faceta da cultura popular norte-americana contemporânea, configurariam uma obra de temática e estética com peculiar irreverência. Aliás, o filme até formula, em certo momento, personificar a alegórica desconstrução, pessimista e satírica, de tudo aquilo que o "Sonho Americano" hoje representa — dinheiro, fama, sexo, consumo, poder.

Nada mais falso.



O estilo de deliberado mau gosto, propagado por Harmony Korine (tanto na realização como na escrita dos argumentos de KIDS — MIÚDOS e KEN PARK — QUEM ÉS TU?, ambos levados ao grande ecrã por Larry Clark) em toda a sua carreira, conhece aqui um "salto" — por sinal, bastante tímido, tendo em conta a escatologia e o incomensurável poder de choque dos seus trabalhos anteriores — para o mainstream, cujo rasgo de criatividade apenas é pressentido na composição visual e atmosfera de "realidade aumentada" do filme. A marca autoral do realizador, determinada pela aposta em imagens de vincada baixa resolução e grosseiro enquadramento, dá lugar a uma série de sequências cuidadosamente ensaiadas, banhadas numa paleta de cores berrantes nas suas diversas variantes (saturação, sobreexposição, fluorescência, etc.) Todo o mérito neste aspecto para o seu director de fotografia, Benoît Debie (que também iluminou, nem mais nem menos, IRREVERSÍVEL, de Gaspar Noé), mas responsável por um resultado final do pior tipo de "ópio visual" — o qual esconde, assim, a percepção da escassa complexidade que SPRING BREAKERS encerra.

O inegável tom satírico do filme esfuma-se na sua própria indecisão de registo. A crítica(?) descomprometida à sociedade pueril actual onde sexo e dinheiro fáceis tilintam mais alto ou a auto-referenciação do entretenimento inconsequente para a qual o casting de nomes como James Franco, Selena Gomez, Vanessa Hudgens e Ashley Brown busca ser golpe de irónico génio, nunca passam do papel nem da esfera do marketing de SPRING BREAKERS.

Bem pelo contrário, o que aqui encontra vazão é um suposto "conto moral de imoralidade", um paradoxo fílmico com 90 minutos de duração, o equivalente em película de 35mm ao opiáceo e simplista pop musical que nos faz imediatamente bater o pé, e que verifica como a decadência juvenil dos bons costumes, previamente estudada com sucesso pelo extremismo narrativo de Harmony Korine, consegue ser, afinal de contas, tremendamente sedutora junto de quem não deseja perder o "comboio" da hype da popularidade cinematográfica.



Apesar de possuir momentos realmente inspirados — um assalto vislumbrado em plano-sequência a partir do seu veículo de fuga, ou Britney Spears entoada ao piano, pelo rapper gangster de James Franco, tendo por cenário um deslumbrante e róseo pôr-do-sol —, o propósito do filme é minado pela sua montagem que, em nome de uma pretensa fluidez visual inspirada em algum cinema de autor, insiste na redundância de diálogos/ideias sem lhes permitir o mínimo de consequência diegética.

Mas SPRING BREAKERS aí está, em toda a sua pujança de culto imediato, incompreensível e pronto para se afirmar como um dos principais fenómenos das estreias de 2013 em Portugal. No que me diz respeito, e pelo modo como arruína o apelativo conceito que se propunha a explorar, é também um dos maiores falhanços deste ano.

segunda-feira, agosto 15, 2011

Um blogger vai de férias...



...e quando regressa, descobre que:

. faleceram Richard Pearson, Annette Charles, Francesco Quinn e Silvio Narizanno;

. Zoë Saldana protagonizou esta estonteante sessão fotográfica para a revista Flaunt;

. Jonathan Demme é o realizador escolhido para adaptar ao grande ecrã o romance, de Stephen King, sobre o assassinato de John F. Kennedy;

. James Franco vai realizar um documentário sobre a indústria do cinema pornográfico;

. o próximo projecto de David Cronenberg é uma adaptação do romance As She Climbed Across the Table, de Jonathan Lethem;

. o primeiro poster de CARNAGE, o novo filme de Roman Polanski, é de uma simplicidade, criatividade e apelo irresistíveis;

. Ridley Scott envereda agora pelo universo dos videogames, estando a desenvolver conteúdos para a nova edição do jogo 'Call of Duty';

. a Cinemateca Portuguesa vai retomar as cinco sessões diárias já em Setembro.

Silly season? Por este balanço, muita e interessante actividade se desenrolou durante a ausência do regressado Keyzer Soze...

terça-feira, dezembro 07, 2010

"What are your Oscar chances?" #7

127 HOURS



Danny Boyle, que saiu glorioso em 2008 por QUEM QUER SER BILIONÁRIO?, volta a procurar mais Óscares com a história verídica de sobrevivência de Aron Ralston que, em 2003, viu-se obrigado à mais extrema das opções (a amputação do seu próprio braço) para escapar de um canyon Utah.

A positiva recepção a 127 HOURS durante as suas passagens pelos Festivais de Toronto, Telluride e Londres, juntamente com notícias de espectadores afligidos por ataques de pânico perante a natureza gráfica da cena de amputação, gerou imediato buzz favorável a uma corrida do filme pelas estatuetas.

Análise factual:

Desempenho de bilheteira: Apesar da sua limitada distribuição, 127 HOURS contabiliza, até à data, mais de seis milhões e meio de dólares no mercado norte-americano(1).

Recepção crítica: Obra com enorme consenso positivo, registando um rating de 93% pelo agregador Rotten Tomatoes(2), sendo aclamado, em várias críticas, como um dos melhores filmes do ano e uma conquista no exercício de filmar o "infilmável".

Avaliação de cenários:

Cenário provável: Deverá assegurar, sem dificuldades, as principais nomeações (Filme, Realizador e Argumento), assim como a indicação de James Franco para Melhor Actor. Não é de descartar a sua presença entre categorias técnicas.

Cenário de sonho: Embora as bolsas de apostas não coloque 127 HOURS na dianteira, os seus produtores não descartarão a hipótese de ser a grande surpresa (e vencedor) da noite. Tendo em conta a vitória relativamente recente de Danny Boyle, um novo Óscar para o realizador seria algo de categórico. O mesmo se poderia dizer de James Franco que, na história dos prémios, tornar-se-ia no primeiro indivíduo a ser anfitrião e vencedor um Óscar na mesma cerimónia.

Cenário a evitar: O total esquecimento pela Academia no momento de todas as decisões.

--//--

Teremos um 127 HOURS com tanto instinto de sobrevivência quanto a história do homem que retrata? Muito Danny Boyle em pouco tempo será excessivo para a Academia? Partilhem a vossa opnião.

terça-feira, novembro 30, 2010

Ladies and Gentlemen...

... your hosts for the 83rd Academy Awards are...:



No seguimento do trabalho que a Academia tem levado a cabo, nos últimos anos, para rejuvenescer a cerimónia e cativar franjas de jovens espectadores, foi anunciado ontem que a próxima entrega dos Óscares será conduzida pelo par Anne Hathaway e James Franco.

É de esperar, portanto, um ou dois números musicais interpretados por Hathaway e ressalte-se a curiosidade de Franco poder ser, na mesma noite, anfitrião e nomeado (pelo seu trabalho em 127 HOURS).

A minha opinião? Muitas dúvidas sobre o sucesso desta decisão. E os argumentistas da cerimónia vão ter mesmo de se esmerar...

Creative Commons License
Keyzer Soze's Place by Sam is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Based on a work at sozekeyser.blogspot.com.