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quarta-feira, maio 01, 2013

SPRING BREAKERS: VIAGEM DE FINALISTAS (2012), de Harmony Korine



Quatro jovens universitárias partem para a sua viagem de finalistas, depois de alguns percalços para conseguirem o dinheiro necessário para a fazer. Acabam por sair em liberdade quando Alien, um traficante de armas e drogas, lhes paga a fiança. Em troca, vão ter de fazer algum trabalho sujo... — sinopse adaptada de filmSPOT.



Na teoria, os elementos narrativos de SPRING BREAKERS: VIAGEM DE FINALISTAS, sobretudo através da prometedora e aparente subversão de uma determinada faceta da cultura popular norte-americana contemporânea, configurariam uma obra de temática e estética com peculiar irreverência. Aliás, o filme até formula, em certo momento, personificar a alegórica desconstrução, pessimista e satírica, de tudo aquilo que o "Sonho Americano" hoje representa — dinheiro, fama, sexo, consumo, poder.

Nada mais falso.



O estilo de deliberado mau gosto, propagado por Harmony Korine (tanto na realização como na escrita dos argumentos de KIDS — MIÚDOS e KEN PARK — QUEM ÉS TU?, ambos levados ao grande ecrã por Larry Clark) em toda a sua carreira, conhece aqui um "salto" — por sinal, bastante tímido, tendo em conta a escatologia e o incomensurável poder de choque dos seus trabalhos anteriores — para o mainstream, cujo rasgo de criatividade apenas é pressentido na composição visual e atmosfera de "realidade aumentada" do filme. A marca autoral do realizador, determinada pela aposta em imagens de vincada baixa resolução e grosseiro enquadramento, dá lugar a uma série de sequências cuidadosamente ensaiadas, banhadas numa paleta de cores berrantes nas suas diversas variantes (saturação, sobreexposição, fluorescência, etc.) Todo o mérito neste aspecto para o seu director de fotografia, Benoît Debie (que também iluminou, nem mais nem menos, IRREVERSÍVEL, de Gaspar Noé), mas responsável por um resultado final do pior tipo de "ópio visual" — o qual esconde, assim, a percepção da escassa complexidade que SPRING BREAKERS encerra.

O inegável tom satírico do filme esfuma-se na sua própria indecisão de registo. A crítica(?) descomprometida à sociedade pueril actual onde sexo e dinheiro fáceis tilintam mais alto ou a auto-referenciação do entretenimento inconsequente para a qual o casting de nomes como James Franco, Selena Gomez, Vanessa Hudgens e Ashley Brown busca ser golpe de irónico génio, nunca passam do papel nem da esfera do marketing de SPRING BREAKERS.

Bem pelo contrário, o que aqui encontra vazão é um suposto "conto moral de imoralidade", um paradoxo fílmico com 90 minutos de duração, o equivalente em película de 35mm ao opiáceo e simplista pop musical que nos faz imediatamente bater o pé, e que verifica como a decadência juvenil dos bons costumes, previamente estudada com sucesso pelo extremismo narrativo de Harmony Korine, consegue ser, afinal de contas, tremendamente sedutora junto de quem não deseja perder o "comboio" da hype da popularidade cinematográfica.



Apesar de possuir momentos realmente inspirados — um assalto vislumbrado em plano-sequência a partir do seu veículo de fuga, ou Britney Spears entoada ao piano, pelo rapper gangster de James Franco, tendo por cenário um deslumbrante e róseo pôr-do-sol —, o propósito do filme é minado pela sua montagem que, em nome de uma pretensa fluidez visual inspirada em algum cinema de autor, insiste na redundância de diálogos/ideias sem lhes permitir o mínimo de consequência diegética.

Mas SPRING BREAKERS aí está, em toda a sua pujança de culto imediato, incompreensível e pronto para se afirmar como um dos principais fenómenos das estreias de 2013 em Portugal. No que me diz respeito, e pelo modo como arruína o apelativo conceito que se propunha a explorar, é também um dos maiores falhanços deste ano.

quarta-feira, abril 17, 2013

O Cinema dos Anos 2000: Ken Park — Quem És Tu?, de Larry Clark e Edward Lachman




Sem moralismos nem pudores, KEN PARK — QUEM ÉS TU? lança-se à observação, distante mas complexa, de uma adolescência suburbana (esse "paraíso" de extrema variedade sócio-cinematográfica) desiludida, desapegada e pervertida sem causa aparente. Ou assim parece. Nas mãos de Larry Clark — realizador que, após KIDS — MIÚDOS (1995) e BULLY — ESTRANHAS AMIZADES (2001), está longe de ser um "caloiro" na abordagem peculiar sobre juventude problemática —, as explicações advêm da atmosfera concebida a partir de um conjunto de personagens sem possibilidade de empatia ou redenção. E, da mesma forma, estamos perante algo mais do que um simples filme; este é um conjunto de momentos, de circunstâncias e de personalidades em direcção a conclusões tão perturbadoras quanto as cenas mais polémicas de uma obra que, pelo seu conteúdo gráfico, ainda não contornou os imperativos legais de exibição pública em países como a Austrália e a Bélgica.

Tal não significa, contudo, que aqui não exista narrativa. O fantasma do Ken Park do título, o qual comete suicídio com um sorriso no rosto logo na primeira cena, paira sobre as personagens durante toda a duração do filme. Essa influência manifesta-se não na forma de entenderem as razões do amigo para terminar a vida, mas sim na busca da sua própria identidade num contexto social onde os adultos (leia-se, figuras parentais) dominam de forma irresponsável, absurda e, por vezes, monstruosa. O abuso sofrido pelos quatro protagonistas, descrito de modo "episódico", é revelador de uma obediência quase inocente e catalizadora de comportamentos desviantes (promiscuidade, violência doméstica, homicídio e, até, incesto) que substanciam os temas de KEN PARK.

Como fica patente, as intenções de Clark, Lachman e do argumentista Harmony Korine ultrapassam a exposição de plot points nem pretendem, tampouco, condescender na vontade de conceber uma obra de agradável visualização para o espectador, confrontando-o com sequências abundantes em violência e, sobretudo, sexo não simulado. Nessa óptica e no seio do Cinema dos anos 2000, KEN PARK — QUEM ÉS TU? é uma obra de extrema radicalidade que configura, na oposição e jogos de subjugação entre adolescentes e adultos, uma visão pessimista sobre uma geração receosa, frustrada e confusa, de evidente aguerreação (mesmo que esta seja errada na forma) e à procura de uma existência terna e reconfortante.

por Samuel Andrade.

Elenco
. Adam Chubbuck (Ken Park), James Bullard (Shawn), James Ransone (Tate), Stephen Jasso (Claude), Tiffany Limos (Peaches), Maeve Quinlan (Rhonda), Bill Fagerbakke (Bob), Wade Williams (Pai de Claude), Julio Oscar Mochoso (Pai de Peaches)



sexta-feira, março 15, 2013

Hollywood Buzz #198

O que se diz lá fora sobre SPRING BREAKERS, de Harmony Korine:



«Just about every charge of social negligence leveled at SPRING BREAKERS can be countered with an arch claim of intent, which makes it at once playful and wearying; enjoyment is contingent on how little you're willing to fight it.»
Guy Lodge, Variety.

«In SPRING BREAKERS [Mr. Korine] bores into a contested, deeply American topic — the pursuit of happiness taken to nihilistic extremes — but turns his exploration into such a gonzo, outrageously funny party that it takes a while to appreciate that this is more of a horror film than a comedy.»
Manohla Dargis, The New York Times.

«It has hypnotic visual style and a dense, driving soundscape. But it’s also too monotonous and thematically empty to be seriously provocative.»
David Rooney, The Hollywood Reporter.

«Harmony Korine's first 'mainstream' movie, SPRING BREAKERS, is by far the best thing he's ever done.»
Owen Gleiberman, Entertainment Weekly.

«Fitzgerald’s influence could have crept in there by osmosis, and whatever other charges you want to level against SPRING BREAKERS – such as incoherence, plotlessness, salaciousness and mind-numbing monotony – it has no lack of high concept.»
Andrew O'Hehir, Salon.

quarta-feira, setembro 05, 2012

Festival de Veneza 2012 — Dia 8



Oitavo dia de Festival dominado pela presença multigeracional de vedetas femininas. De Claudia Cardinale, passando por Isabelle Huppert, até Selena Gomez, Veneza conheceu uma invulgar agitação de actrizes na passadeira vermelha.

. BELLA ADDORMENTATA, de Marco Bellocchio (Selecção Oficial)



«With typical intelligence and complexity, director Marco Bellocchio weaves three stories around the politically hot topic of euthanasia, turning a real-life Italian national drama into engrossing narrative for sophisticated audiences.»
Deborah Young in The Hollywood Reporter.

«The film doesn’t really have anything new to add to the debate (and doesn’t always engage with the thornier aspects of it), but there’s real humanity and tenderness in the way that it says it.»
Oliver Lyttelton in indieWIRE.

. SPRING BREAKERS, de Harmony Korine (Selecção Oficial)

Selena Gomez, da Disney até Veneza em poucos passos

«Harmony Korine shows how woozy and debauched the mainstream can be in a college-kid caper that is the weirdest, wildest film at Venice so far.»
Xan Brooks in The Guardian.

«It has hypnotic visual style and a dense, driving soundscape. But it’s also too monotonous and thematically empty to be seriously provocative.»
David Rooney in The Hollywood Reporter.



. SENNEN NO YURAKU, de Koji Wakamatsu (Orizzonti)

Exotismo nipónico em todo o seu esplendor

«A strangely sedate seaside saga from one of Japan's most revered mavericks.»
Neil Young in The Hollywood Reporter.



. O GEBO E A SOMBRA, de Manoel de Oliveira (Fora de Competição)

Michael Lonsdale, Claudia Cardinale e Luis Miguel Cintra, testemunhas da energia impressionante de Manoel de Oliveira

«Old-school charm and expert performances elevate a somewhat creaky theatrical adaptation by the tireless centenarian Manoel de Oliveira.
Neil Young in The Hollywood Reporter.



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[Fotos: CBS News e La Biennale.]
[Vídeos: canal do YouTube do Festival e NonSoloCinema.]

domingo, agosto 26, 2012

Festival de Veneza 2012 — Antevisão



Veneza prepara-se para acolher, a partir do próximo dia 29 e até 8 de Setembro, a 69ª edição de um dos principais festivais de cinema mundiais.

2012 assinala o primeiro ano de Alberto Barbera enquanto director artístico do Festival, e a mudança já se fez sentir — uma selecção oficial mais reduzida em comparação com as edições anteriores mas enorme em qualidade dos nomes reunidos e consequente expectativa gerada.

O júri internacional, presidido este ano pelo realizador Michael Mann, irá avaliar cerca de vinte obras para decidir qual será o galardoado com o Leão de Ouro para Melhor Filme, de uma selecção que o Keyzer Soze apresenta, de seguida, os seus destaques:

  • Em Competição

  • . THE MASTER, de Paul Thomas Anderson



    Um veterano da Marinha (Joaquin Phoenix) regressa a casa depois da Guerra perturbado e incerto relativamente ao seu futuro — até ao momento em que é aliciado para A Causa e pelo seu carismático líder (Philip Seymour Hoffman).

    . APRÈS MAI, de Olivier Assayas



    Paris, início dos anos 70. Gilles (Clement Metayer) é um estudante secundário completamente embrenhado na efervescência política e criativa do seu tempo, oscilando, tal como os seus colegas, entre o compromisso radical e as aspirações pessoais. Das primeiras experiências sexuais até às revelações artísticas durante uma viagem que termina em Londres, Gilles e os seus amigos terão de fazer escolhas cruciais de forma a encontrarem o seu rumo.

    . BELLA ADDORMENTATA, de Marco Bellocchio



    A história dos últimos seis dias de Eluana Englaro (cujo falecimento nunca ficou totalmente esclarecido) e a sua interacção com uma série de personagens fictícias de diferentes credos e ideologias.

    . PASSION, de Brian De Palma



    Christine (Rachel McAdams) retira prazer do controlo que exerce sobre a jovem e ingénua Isabelle (Noomi Rapace), conduzindo-a cada vez mais longe num jogo de manipulação e sedução, domínio e humilhação. Mas quando Isabelle dorme com um dos amantes de Christine, a guerra instala-se. Na noite do homicídio, Isabelle foi assistir a um bailado, enquanto Christine recebe um convite sedutor. De quem? Ela adora surpresas e dirige-se nua para o quarto onde o amante misterioso a aguarda...

    . PIETA, de Kim Ki-duk



    Contratado por prestamistas, um homem (Jo Min-soo) vive da tarefa, ameaçadora e brutal, de cobrar dívidas a várias pessoas. Sem família nem nada a perder, leva a cabo o seu trabalho independentemente da dor que causa a uma série de famílias. Até ao dia em que uma mulher (Lee Jung-jin) afirma ser a sua mãe. Rejeitando-a friamente à primeira, o homem aceita-a, gradualmente, na sua vida.

    . OUTRAGE BEYOND, de Takeshi Kitano



    A família criminosa Sanno subiu ao estatuto de enorme organização, expandindo o seu poder junto das esferas políticas e das grandes empresas legítimas. Os altos quadros da família Sanno são agora ocupados por jovem executivos, relegando os membros mais velhos para um patamar secundário. Essa fragilidade na hierarquia dos Sanno é exactamente o que detective Kataoka procurava, num momento em que a polícia se prepara para levar a cabo uma rusga a larga escala.

    . SPRING BREAKERS, de Harmony Korine



    Durante uma operação stop, quatro universitárias são detidas pela polícia por posse de estupefacientes. Durante a sua audição em tribunal, a fiança das raparigas é inesperadamente paga por Alien (James Franco), um infame bandido local de coração doce, que lhes proporcionará uma louca viagem de férias.

    . TO THE WONDER, de Terrence Malick



    Após visitarem o Mont Saint-Michel — em tempos denominado pelos franceses como "A Maravilha" (the Wonder) — no auge da sua paixão, Marina (Olga Kurylenko) e Neil (Ben Affleck) mudam-se para o Oklahoma, onde os problemas não tardam em surgir. Marina faz amizade com um padre (Javier Bardem) a atravessar uma crise de fé, e Neil renova os laços com uma amiga de infância, Jane (Rachel McAdams).

    . SINAPUPUNAN, de Brillante Mendoza



    Após sofrer o seu terceiro aborto espontâneo, Shaleha agoniza por não conseguir conceber uma criança. Sentindo que o seu marido Bangas An deseja ser pai, ela decide arranjar-lhe uma companheira mais nova. Dia e noite, Shaleha e o marido procuram nas comunidades vizinhas por uma mulher fértil para Bangas An.

    . LINHAS DE WELLINGTON, de Valeria Sarmiento



    Depois das tentativas comandadas por Junot (1807) e Soult (1809), Napoleão Bonaparte envia um novo e poderoso exército, comandando pelo Marechal Massena, para invadir Portugal em 1810. Os franceses alcançam, facilmente, o centro do país, mas o exército Anglo-Português, liderado pelo General Wellington (John Malkovich), aguarda-os...

    . PARADIES: GLAUBE, de Ulrich Seidl



    Para Annamaria, uma técnica de raios-x, o paraíso reside em dedicar as férias a trabalho missionário. Na sua peregrinação diária em Viena, ela vai de porta em porta transportando uma estátua da Virgem Maria. Um dia, depois de vários anos sem dar notícias, o seu marido, um muçulmano egípcio confinado a uma cadeira de rodas, regressa a casa. Os cânticos e as orações de Annamaria confundem-se com quezílias.

  • Fora de Competição

  • . ENZO AVITABILE MUSIC LIFE, de Jonathan Demme



    Filme sobre Enzo Avitabile, a sua música e Nápoles, que surge da estima recíproca entre dois artistas — Jonatham Demme é, há muito, fã do trabalho de Enzo, conhecido no mundo musical como um apaixonado pela pesquisa e experimentação artística.

    . LULLABY TO MY FATHER, de Amos Gitai



    Amos Gitai narra a história do seu pai, Munio Weinraub, estudante na escola de design e arquitectura Bauhaus, na cidade de Dessau, até ao seu encerramento por Hitler em 1933. Em Maio do mesmo ano, Weinraub é acusado de "traição contra o povo alemão", aprisionado e expulso da Alemanha.

    . BAD 25, de Spike Lee



    Documentário comemorativo do 25º aniversário do álbum 'Bad' de Michael Jackson.

    . THE RELUCTANT FUNDAMENTALIST, de Mira Nair



    Demonstrações estudantis grassam por Lahore, enquanto o jovem professor paquistanês Changez Khan (Riz Ahmed) revela ao jornalista Bobby Lincoln (Liev Schreiber) o seu passado como brilhante analista financeiro em Wall Street, o futuro promissor que tinha à sua frente e de como o iria partilhar com a sofisticada Erica (Kate Hudson). Mas o 11 de Setembro alterou todos os seus planos.

    . O GEBO E A SOMBRA, de Manoel de Oliveira



    Apesar da idade e do cansaço, Gebo (Michael Lonsdale) persegue a sua actividade de contabilista para sustentar a família. Vive com a mulher, Doroteia (Claudia Cardinale), e a nora, Sofia (Leonor Silveira), mas é a ausência do filho, João (Ricardo Trêpa), que os preocupa. Gebo parece esconder algo em relação a isso, em particular a Doroteia, que vive na espera ansiosa de rever o seu filho. Sofia, do seu lado, espera também o regresso do marido, ao mesmo tempo que o teme. Subitamente, João aparece e tudo muda.

    . THE COMPANY YOU KEEP, de Robert Redford



    Jim Grant (Robert Redford) é um advogado dos direitos civis e pai solteiro que educa a filha nos tranquilos subúrbios de Albany. A sua vida muda completamente quando um jovem jornalista, Ben Shepard (Shia LaBeouf), expõe a verdadeira identidade de Grant: um fugitivo radical e anti-guerra que, nos anos 70, foi procurado por homicídio.

    O programa completo, incluindo as secções secundárias, pode ser consultado no site oficial do Festival.

    [Fotos: Cine.gr, CINeol, Movieplayer e Screenweek.]

    domingo, junho 03, 2012

    Jukebox #29

    («Jukebox»: boa música e os videoclips mais criativos do ponto de vista cinematográfico).

    . The Black Keys, «Gold on the Ceiling»



    Definitivamente inclassificável e incomparável, Harmony Korine empresta ao novo single dos The Black Keys todo o visual que tornou GUMMO num dos filmes mais bizarros e esquivos da década de 90.



    Aceitam-se, na caixa de comentários abaixo, propostas de interpretações possíveis para o que acabaram de assistir.

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    Based on a work at sozekeyser.blogspot.com.