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quinta-feira, abril 25, 2013

SINAPUPUNAN / THY WOMB (2012), de Brillante Mendoza



Após sofrer o seu terceiro aborto espontâneo, Shaleha agoniza por não conseguir conceber uma criança. Sentindo que o seu marido Bangas An deseja ser pai, ela decide arranjar-lhe uma companheira mais nova. Dia e noite, Shaleha e o marido procuram nas comunidades vizinhas por uma mulher fértil para Bangas An.



Shaleha nunca sentiu dores de parto, mas estas fizeram parte, desde sempre, do seu quotidiano. Numa ocupação — a de parteira, bem entendido — que exige devoção, empenho e disponibilidade pessoais, a forma como encara o facto de a natureza lhe ter reservado a infertilidade é marcada por essa mesma postura — Shaleha conserva, em sua casa, os cordões umbilicais de todas as crianças que ajudou a nascer, irónicos "troféus" e dolorosas recordações da sua condição humana, e a decisão de encontrar uma mulher mais nova para o seu marido, Bangas-An, que lhe possa assegurar a continuidade da sua linhagem, é a derradeira prova do seu altruísmo neste mundo.

E o mundo de Shaleha é as ilhas Tawi-Tawi, no sul das Filipinas, autênticos "bairros flutuantes" no Oceano Pacífico, onde predominam rituais islâmicos, alguma agitação política e a luta da protagonista para encontrar a sua "sucessora matrimonial", num trajecto que poderá garantir-lhe o cumprimento das suas obrigações conjugais.

A câmara de Brillante Mendoza foca-se no peculiar — sobretudo, para o espectador ocidental — dilema de Shaleha (num profundo desempenho de entrega humana pela veterana Nora Aunor), incutindo-o lentamente e demorando o tempo suficiente para preencher o filme com uma curiosa abordagem etnográfica, através da encenação de elaboradas cerimónias muçulmanas e descrições folclóricas que determinam a actividade económica daquela região.

No entanto, a exibição dos atractivos postais não derivam a atenção do espectador em relação à principal temática de SINAPUPUNAN / THY WOMB. Na verdade, a persistente etnografia do filme surge como apropriada contextualização social e psicológica para a sua protagonista — quase uma descendente directa das idosas heroínas construídas em SERBIS e LOLA por Mendoza, o qual apresenta, aqui, o filme mais contido da sua carreira. Mas nem por isso menor.

[Exibido na secção Observatório do IndieLisboa 2013.]



quinta-feira, setembro 06, 2012

Festival de Veneza 2012 — Dia 9



. SINAPUPUNAN, de Brillante Mendoza (Selecção Oficial)

Brillante Mendoza (à direita) posa com as actrizes Lovie Poe, Mercedes Cabral e Nora Aunor

«Alluring scenery and a sympathetic lead performance help elevate an otherwise tepid, underdeveloped slice of Philippine ethno-drama.»
Neil Young in The Hollywood Reporter.



. LA CINQUIÈME SAISON, de Peter Brosens e Jessica Woodworth (Selecção Oficial)

A comitiva numerosa de ilustres desconhecidos de LA CINQUIÈME SAISON

«A loopy arthouse fable in which the rhythms of life in a rural Belgian community come apocalyptically unstuck.»
Robbie Collin in The Telegraph.



. THE COMPANY YOU KEEP, de Robert Redford (Fora de Competição)

O classicismo de Robert Redford preencheu Veneza

«While nostalgia is otherwise generally the order of the day here, it's not entirely filtered through rose-colored granny glasses, and the pic's colorful, almost-wastefully impressive cast limns a sociologically convincing rogue's gallery of reformed revolutionaries.»
Leslie Felperin in Variety.

«Adapted with clarity and intelligence, and lent distinguishing heft by its roster of screen veterans, this gripping drama provides an absorbing reflection on the courage and cost of dissent.»
David Rooney in The Hollywood Reporter.



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[Fotos: AFP e Getty Images.]
[Vídeos: canal do YouTube do Festival.]

domingo, agosto 26, 2012

Festival de Veneza 2012 — Antevisão



Veneza prepara-se para acolher, a partir do próximo dia 29 e até 8 de Setembro, a 69ª edição de um dos principais festivais de cinema mundiais.

2012 assinala o primeiro ano de Alberto Barbera enquanto director artístico do Festival, e a mudança já se fez sentir — uma selecção oficial mais reduzida em comparação com as edições anteriores mas enorme em qualidade dos nomes reunidos e consequente expectativa gerada.

O júri internacional, presidido este ano pelo realizador Michael Mann, irá avaliar cerca de vinte obras para decidir qual será o galardoado com o Leão de Ouro para Melhor Filme, de uma selecção que o Keyzer Soze apresenta, de seguida, os seus destaques:

  • Em Competição

  • . THE MASTER, de Paul Thomas Anderson



    Um veterano da Marinha (Joaquin Phoenix) regressa a casa depois da Guerra perturbado e incerto relativamente ao seu futuro — até ao momento em que é aliciado para A Causa e pelo seu carismático líder (Philip Seymour Hoffman).

    . APRÈS MAI, de Olivier Assayas



    Paris, início dos anos 70. Gilles (Clement Metayer) é um estudante secundário completamente embrenhado na efervescência política e criativa do seu tempo, oscilando, tal como os seus colegas, entre o compromisso radical e as aspirações pessoais. Das primeiras experiências sexuais até às revelações artísticas durante uma viagem que termina em Londres, Gilles e os seus amigos terão de fazer escolhas cruciais de forma a encontrarem o seu rumo.

    . BELLA ADDORMENTATA, de Marco Bellocchio



    A história dos últimos seis dias de Eluana Englaro (cujo falecimento nunca ficou totalmente esclarecido) e a sua interacção com uma série de personagens fictícias de diferentes credos e ideologias.

    . PASSION, de Brian De Palma



    Christine (Rachel McAdams) retira prazer do controlo que exerce sobre a jovem e ingénua Isabelle (Noomi Rapace), conduzindo-a cada vez mais longe num jogo de manipulação e sedução, domínio e humilhação. Mas quando Isabelle dorme com um dos amantes de Christine, a guerra instala-se. Na noite do homicídio, Isabelle foi assistir a um bailado, enquanto Christine recebe um convite sedutor. De quem? Ela adora surpresas e dirige-se nua para o quarto onde o amante misterioso a aguarda...

    . PIETA, de Kim Ki-duk



    Contratado por prestamistas, um homem (Jo Min-soo) vive da tarefa, ameaçadora e brutal, de cobrar dívidas a várias pessoas. Sem família nem nada a perder, leva a cabo o seu trabalho independentemente da dor que causa a uma série de famílias. Até ao dia em que uma mulher (Lee Jung-jin) afirma ser a sua mãe. Rejeitando-a friamente à primeira, o homem aceita-a, gradualmente, na sua vida.

    . OUTRAGE BEYOND, de Takeshi Kitano



    A família criminosa Sanno subiu ao estatuto de enorme organização, expandindo o seu poder junto das esferas políticas e das grandes empresas legítimas. Os altos quadros da família Sanno são agora ocupados por jovem executivos, relegando os membros mais velhos para um patamar secundário. Essa fragilidade na hierarquia dos Sanno é exactamente o que detective Kataoka procurava, num momento em que a polícia se prepara para levar a cabo uma rusga a larga escala.

    . SPRING BREAKERS, de Harmony Korine



    Durante uma operação stop, quatro universitárias são detidas pela polícia por posse de estupefacientes. Durante a sua audição em tribunal, a fiança das raparigas é inesperadamente paga por Alien (James Franco), um infame bandido local de coração doce, que lhes proporcionará uma louca viagem de férias.

    . TO THE WONDER, de Terrence Malick



    Após visitarem o Mont Saint-Michel — em tempos denominado pelos franceses como "A Maravilha" (the Wonder) — no auge da sua paixão, Marina (Olga Kurylenko) e Neil (Ben Affleck) mudam-se para o Oklahoma, onde os problemas não tardam em surgir. Marina faz amizade com um padre (Javier Bardem) a atravessar uma crise de fé, e Neil renova os laços com uma amiga de infância, Jane (Rachel McAdams).

    . SINAPUPUNAN, de Brillante Mendoza



    Após sofrer o seu terceiro aborto espontâneo, Shaleha agoniza por não conseguir conceber uma criança. Sentindo que o seu marido Bangas An deseja ser pai, ela decide arranjar-lhe uma companheira mais nova. Dia e noite, Shaleha e o marido procuram nas comunidades vizinhas por uma mulher fértil para Bangas An.

    . LINHAS DE WELLINGTON, de Valeria Sarmiento



    Depois das tentativas comandadas por Junot (1807) e Soult (1809), Napoleão Bonaparte envia um novo e poderoso exército, comandando pelo Marechal Massena, para invadir Portugal em 1810. Os franceses alcançam, facilmente, o centro do país, mas o exército Anglo-Português, liderado pelo General Wellington (John Malkovich), aguarda-os...

    . PARADIES: GLAUBE, de Ulrich Seidl



    Para Annamaria, uma técnica de raios-x, o paraíso reside em dedicar as férias a trabalho missionário. Na sua peregrinação diária em Viena, ela vai de porta em porta transportando uma estátua da Virgem Maria. Um dia, depois de vários anos sem dar notícias, o seu marido, um muçulmano egípcio confinado a uma cadeira de rodas, regressa a casa. Os cânticos e as orações de Annamaria confundem-se com quezílias.

  • Fora de Competição

  • . ENZO AVITABILE MUSIC LIFE, de Jonathan Demme



    Filme sobre Enzo Avitabile, a sua música e Nápoles, que surge da estima recíproca entre dois artistas — Jonatham Demme é, há muito, fã do trabalho de Enzo, conhecido no mundo musical como um apaixonado pela pesquisa e experimentação artística.

    . LULLABY TO MY FATHER, de Amos Gitai



    Amos Gitai narra a história do seu pai, Munio Weinraub, estudante na escola de design e arquitectura Bauhaus, na cidade de Dessau, até ao seu encerramento por Hitler em 1933. Em Maio do mesmo ano, Weinraub é acusado de "traição contra o povo alemão", aprisionado e expulso da Alemanha.

    . BAD 25, de Spike Lee



    Documentário comemorativo do 25º aniversário do álbum 'Bad' de Michael Jackson.

    . THE RELUCTANT FUNDAMENTALIST, de Mira Nair



    Demonstrações estudantis grassam por Lahore, enquanto o jovem professor paquistanês Changez Khan (Riz Ahmed) revela ao jornalista Bobby Lincoln (Liev Schreiber) o seu passado como brilhante analista financeiro em Wall Street, o futuro promissor que tinha à sua frente e de como o iria partilhar com a sofisticada Erica (Kate Hudson). Mas o 11 de Setembro alterou todos os seus planos.

    . O GEBO E A SOMBRA, de Manoel de Oliveira



    Apesar da idade e do cansaço, Gebo (Michael Lonsdale) persegue a sua actividade de contabilista para sustentar a família. Vive com a mulher, Doroteia (Claudia Cardinale), e a nora, Sofia (Leonor Silveira), mas é a ausência do filho, João (Ricardo Trêpa), que os preocupa. Gebo parece esconder algo em relação a isso, em particular a Doroteia, que vive na espera ansiosa de rever o seu filho. Sofia, do seu lado, espera também o regresso do marido, ao mesmo tempo que o teme. Subitamente, João aparece e tudo muda.

    . THE COMPANY YOU KEEP, de Robert Redford



    Jim Grant (Robert Redford) é um advogado dos direitos civis e pai solteiro que educa a filha nos tranquilos subúrbios de Albany. A sua vida muda completamente quando um jovem jornalista, Ben Shepard (Shia LaBeouf), expõe a verdadeira identidade de Grant: um fugitivo radical e anti-guerra que, nos anos 70, foi procurado por homicídio.

    O programa completo, incluindo as secções secundárias, pode ser consultado no site oficial do Festival.

    [Fotos: Cine.gr, CINeol, Movieplayer e Screenweek.]

    domingo, maio 08, 2011

    Críticas da Semana

    Breve resumo dos principais filmes visualizados esta semana.

    A CIDADE DOS MORTOS (2009), de Sérgio Tréfaut



    A Cidade dos Mortos, no Cairo, é a maior necrópole do mundo. Um milhão de pessoas vivem dentro de um cemitério que se estende por mais de dez quilómetros ao longo de uma auto-estrada. Contudo, não deixa de ser uma aldeia, com mães à caça de um bom partido para as filhas, rapazes a correr atrás das raparigas, disputas entre vizinhos.

    Não é difícil apelidar o registo filmado do quotidiano de uma "cidade" que se formou no interior de uma necrópole do Cairo como irresistível. O realizador não esconde o seu fascínio por este microcosmos, mas permanece a impressão de existir ainda muito por contar e descobrir acerca desta peculiar localidade numa metragem (60 minutos) que se revela muito breve. Apesar do seu défice de contextualização e detalhe, encoraja-se visualização.

    COMANDANTE (2003), de Oliver Stone



    Documentário político em que o realizador norte-americano entrevista Fidel Castro sobre uma gama variada de temas: memórias históricas, geopolítica, a intimidade do estadista e o próprio sentido da vida.

    Stone faz um excelente trabalho na desmistificação de Castro, contudo revela-se facilmente ludibriado pelo entrevistado quando os diálogos abordam os temas mais sensíveis (direitos humanos, repressão policial e política, etc.) da Revolução Cubana. Política e História à parte, o contraste entre as palavras do líder e imagens de arquivo retoma a pujança da montagem dinâmica e intelectualmente provocadora que o cineasta exibira em JFK (1991) e da qual, na minha opinião, nunca se deveria ter afastado.

    FREAKONOMICS (2010), de Seth Gordon



    Baseado no best-seller de Steven Levitt e Stephen Dubner, este documentário é composto por uma série de vinhetas, assinadas por diferentes realizadores (incluindo Morgan Spurlock e Alex Gibney), que ilustram capítulos do livro sobre temas tão diversos como a influência que o primeiro nome exerce no sucesso ou fracasso de um indivíduo ou se é possível subornar um estudante de forma a que este atinja desempenho escolar positivo.

    Se a decisão de filmar os segmentos mais interessantes do livro revela-se acertada, o facto de as curtas afastarem-se do campo da Economia — que é, sem dúvida, o cerne das investigações levadas a cabo por Levitt e Dubner — para "introspecções" sobre (i)moralidade social afastam o espectador de importantes reflexões, tais como ausência de informação ou tácticas agressivas de manipulação que conduzem ao consumo irracional contemporâneo. Desta feita, e contrariamente ao que advogo, recomendo a obra literária e depois o filme... caso não exista algo melhor "à mão" para ver.

    O MÁGICO (2010), de Sylvain Chomet



    Quando a arte do ilusionismo dava os últimos passos, um mágico entertainer, afastado dos palcos da cidade, vê-se obrigado a apresentar o seu espectáculo num pub da costa ocidental escocesa, onde encontra Alice, uma jovem inocente, que mudará para sempre a sua vida.

    Ao adaptar um argumento nunca produzido de Jacques Tati, Chomet recupera a (apropriada) magia que só a animação tradicional, assente mais em gestos e situações do que em diálogos, consegue proporcionar. Pleno de mensagens de amor paternal, surpreendentemente realista e melancólico como a vida, apresenta um interessante subplot dedicado às amarguras de quem procura na arte e entretenimento incondicionais um meio de subsistência. Mesmo que se tenha em mente a pequena controvérsia em torno da reinvenção da história escrita por Tati, é complicado ficar de coração empedernido quando O MÁGICO termina.

    SERBIS (2008), de Brillante Mendoza



    Uma família filipina, residente num velho cinema de província que passa filmes pornográficos, lida com os seus dilemas pessoais. Entretanto, o público que frequenta a sala encontra na penumbra de um cinema a atmosfera ideal para uma variedade de "serviços" sexuais entre prostitutos e clientes.

    O cinema de Mendoza não é, definitivamente, para "meninos": rude, obsceno, raramente gentil e de intenções pouco transparentes, a história é simplesmente apresentada e não narrada por mecanismos narrativos consensuais. Para o cineasta, aquele cinema pornográfico parece funcionar como metáfora para um mundo em ruínas, onde prazeres mundanos e crenças particulares não camuflam as misérias e descontentamentos da existência humana. Filme tão incomodativo como de qualidade.

    quinta-feira, maio 05, 2011

    Agenda Cinematográfica



    A Corredor Associação Cultural promove, durante o presente mês de Maio, um ciclo dedicado ao cinema erótico — ou, como é carinhosamente apelidado, "colorido":

    . O AMOR NATURAL (1996), de Heddy Honigmann
    (05 de Maio, 21h30)



    Depois da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade, foram necessários algunos anos para o seu livro "O Amor Natural" (1992) ser publicado. Neste filme, pessoas idosas do Brasil lêem poemas eroticos desse livro em frente da camara. As leituras despertam neles memorias de amor e apaixonadas discussões sobre erotismo.

    . SERBIS (2008), de Brillante Mendoza
    (12 de Maio, 21h30)



    Uma família filipina vive num velho cinema de província que passa filmes pornográficos. Porém, o público que frequenta a sala não lhes dã atenção, pois a penumbra da sala é a atmosfera ideal para uma variedade de 'serviços' sexuais entre prostitutos e clientes. O filme dá-nos uma perspectiva abrangente do quotidiano desta família enquanto cada um deles lida com os pecados e vícios de uns e de outros.

    . SEX AND ZEN (1991), de Michael Mak
    (19 de Maio, 21h30)



    Um homem pretende melhorar as suas relações com as mulheres mas os seus planos não irao resultar como deseja... Esta é a sinopse muito resumida deste filme baseado numa novela escrita durante a dinastia Ming. Cheio de cores e de húmidas sensaçoes, "Sex and Zen" trata o tema do sexo com certa crueza mas é uma das comédias mais conhecidas do cinema chinés.

    . CRASH (1996), de David Cronenberg
    (26 de Maio, 21h30)



    Um acidente de trânsito envolve um publicitário e um casal, cujo marido morre e a mulher fica em estado grave. Quando se recupera, ela e o publicitário se tornam amantes e conhecem um grupo de pessoas cujo fetiche sexual é reconstituir acidentes automobolísticos sem nenhuma segurança, aumentando a excitação de todos.

    [Fonte: Corredor Associação Cultural]

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