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quinta-feira, novembro 29, 2012

Dezembro na Cinemateca Portuguesa



Chantal Akerman, Shohei Imamura, Kon Ichikawa, Kiriro Urayama, Jun Ichikawa, Warren Sonbert, Carlos Reichenbach, Glauber Rocha, José Mojica Marins, Abbas Kiarostami, Asghar Farhadi, Miguel Gomes, Edgar Pêra, Harris Savides.

Programação completa.

terça-feira, maio 22, 2012

Festival de Cannes 2012 — Dia 6



Dia marcado por chuva torrencial. Uma intempérie que permitiu a chegada de estranhos "convidados" à Croisette...



. VOUS N'AVEZ ENCORE RIEN VU, de Alain Resnais (Em Competição)

Alain Resnais: a irreverência criativa não tem BI

«Foi uma ideia que começou a formar-se quase sub-repticiamente na sala de montagem», Alain Resnais sobre o título do filme, durante a conferência de imprensa de VOUS N'AVEZ ENCORE RIEN VU.

Resnais e o elenco de VOUS N'AVEZ ENCORE RIEN VU posam para as objectivas

«Artfully edited to accentuate the redundant dialogue, VOUS N'AVEZ ENCORE RIEN VU develops a rhythmic echo effect that lasts most of the movie as Resnais destroys the fourth wall and builds it up again several times over», Eric Kohn in indieWIRE

«A tribute to the director's love of theater. More than that, it presents his notion that film and theater are one and the same», Sasha Stone in Awards Daily.

«Despite its moments of charm and caprice, the film is prolix, inert, indulgent and often just plain dull», Peter Bradshaw in The Guardian.

. LIKE SOMEONE IN LOVE, de Abbas Kiarostami (Em Competição)

Elenco de LIKE SOMEONE IN LOVE

Abbas Kiarostami na conferência de imprensa

«O filme não tem princípio nem fim. Tal e qual como a vida é.», Abbas Kiarostami.

Rin Takanashi, a jovem protagonista do mais recente filme de Kiarostami

«The importance of perception cannot be understated here, since the film often buries its cutting ideology beneath a measured narrative pace interspersed with hypnotic silences», Glenn Heath Jr. in indieWIRE.

«Kiarostami still manages to pull the "slow cinema" rug out from under us by literary ending things with a bang», Jordan Mintzer in The Hollywood Reporter.

«Beautifully shot and acted, but the curtain comes crashing down too abruptly», Peter Bradshaw in The Guardian.

. DA-REUN NA-RA-E-SUH / IN ANOTHER COUNTRY, de Hong Sangsoo (Em Competição)

Isabelle Hupert e o realizador Hong Sangsoo

«Os filmes de Hong Sangsoo são dos mais elegantes que conheço», Isabelle Huppert sobre a sua experiência de trabalhar com o cineasta sul-coreano.

Nem a chuva impediu a gala na sessão de gala de IN ANOTHER COUNTRY

«Looks very much like something written on a napkin and shot in the one afternoon that Huppert could come to South Korea. Slight, diverting, forgettable, Peter Bradshaw in The Guardian.

. AI TO MAKOTO / FOR LOVE'S SAKE, de Takashi Miike (Fora de Competição)



«A greatly rewarding, supremely intelligent and undeniably gripping romantic thriller. Plus, it has a surprising amount of laughs along the way and a few musical moments which keep things feeling fresh and unexpected», Chris Haydon in Filmoria.

. ELEFANTE BLANCO, de Pablo Trapero (Un Certain Regard)

Pablo Trapero

«For all the competence and strength of Trapero's direction, the film is not as powerful as it might have been», Peter Bradshaw in The Guardian.

[Fotos: Site oficial do Festival e Getty Images.]

quarta-feira, maio 19, 2010

Festival de Cannes 2010 — Dia 7



Abbas Kiarostami, principal representante da Nova Vaga do Cinema Iraniano e vencedor da Palma de Ouro em 1997 com O SABOR DA CEREJA, esteve hoje em Cannes, submetendo à Competição Oficial COPIE CONFORME, protagonizado por Juliette Binoche:



Apelidado do filme mais "enigmático" visto até ao momento no presente Festival, ostenta, segundo a crítica do Telegraph, o «melhor desempenho de sempre, em Cinema, de Juliette Binoche». Diante dos jornalista, Kiarostami foi conciso em explicar os seus métodos de trabalho: «Ao longo da minha carreira, sempre procurei reter algum elemento das personagens que criei», e reforçou que «o meu cinema não deriva de nenhuma forma de arte, mas sim da própria realidade».

O enigmático Abbas Kiarostami

Uma conferência de imprensa dominada, acima de tudo, pela solidariedade da equipa técnica de COPIE CONFORME por Jafar Panahi, cineasta iraniano e crítico feroz da política actual do seu país, razão pela qual se encontra encarcerado e, de acordo com muitos rumores, em greve de fome. Binoche não escondeu a sua emoção perante estes factos:



O Cinema Francês também se destacou no sétimo dia do Festival, através do novo filme de Xavier Beauvois (que foi, em tempos, assistente de realização de Manoel de Oliveira), DES HOMMES ET DES DIEUX:



Centrado na história de sete monges franceses misteriosamente assassinados aquando dos conflitos civis na Argélia durante os anos 90, Beauvois elabora uma obra imparcial, preferindo focar o ritmo sereno da vida monástica. «O que me interessou mais foi o percurso e personalidades destes homens». À imprensa, confessou também a sua visão acerca da exploração da religião enquanto veículo para o debate de ideais políticos: «Hoje em dia, alastra-se o debate [em França] sobre a burca, e vemos os políticos a utilizar temas religiosos para atingirem os seus fins. E, contudo, existem assuntos mais prementes, como os sem-abrigo, problemas económicos, a falência na agricultura. Tenho amigos muçulmanos que estão realmente saturados deste falso debate».

Durante a tarde, foi impossível não reparar no impressionante histrionismo de Lambert Wilson (que foi, imagine-se, operado de urgência a uma peritonite no passado Sábado), protagonista de DES HOMMES ET DES DIEUX, perante as objectivas:







Beauvois ainda foi a tempo de fazer uma declaração de apoio "vestuário" a Roman Polanski:

A solidariedade de Xavier Beauvois por Roman Polanski

Destaque final para a projecção, fora de Competição, do novo filme de Stephen Frears, a adaptação ao grande ecrã de TAMARA DREWE, uma graphic novel britânica criada por Posy Simmonds:



Gemma Aterton interpreta a personagem que empresta o nome ao título do filme, e o seu retrato de "patinho feio" convertida em sex symbol conquistou os principais louvores da crítica. Mas, apesar de ter sido 'Bond girl' em 007 — QUANTUM OF SOLACE e da extensa cobertura mediática a que tem sido sujeita no Reino Unido, Stephen Frears confessou nunca ter ouvido falar da actriz: Aterton teve de passar pelos mesmos testes que todas as outras candidatas ao papel. «Ela chegou, sentou-se ao meu lado e perguntei ao director de casting: 'Ela tem talento? Se for esse o caso, contrata-a já», revelou Frears durante a conferência de imprensa, onde o realizador explicou, jocosamente, porque TAMARA DREWE não foi incluído na Selecção Oficial: «O filme não está em competição porque não queria perder e enfrentar uma tão grande decepção!»

Stephen Frears

quinta-feira, abril 15, 2010

Festival de Cannes 2010



Foram apresentados hoje de manhã, em conferência de imprensa, os títulos que marcarão a 63ª edição do Festival de Cannes.

O Keyzer Soze's Place partilha a sua selecção (numa programação ainda incompleta) dos filmes mais sonantes. Primeira nota: num ano em que, muito provavelmente, apenas um filme norte-americano concorrerá à Palma de Ouro, é grande a expectativa quanto à revelação dos vencedores, que decorrerá no dia 23 de Maio. Até lá, temos a certeza de que qualidade não estará ausente do certame.

  • Em Competição


  • . HORS LA LOI, de Rachid Bouchareb



    Sequela "não-oficial" de INDIGÈNES (2006), também assinado por Bouchareb, é uma retrospectiva sobre a luta pela independência da Argélia durante os anos 40 e 50, vista pelos olhos de três irmãos que participam na revolta contra o exército do colonizador francês. Destaque para o protagonismo de Jamel Debbouze (O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE e ANGEL-A).

    . BIUTIFUL, de Alejandro González Iñarritu



    Um homem (Javier Bardem), envolvido no transporte ilegal de emigrantes, é perseguido pelo seu melhor amigo de infância, que agora é agente da polícia. Co-produzido por Guillermo del Toro e Alfonso Cuaron, e ostentando uma equipa técnica de luxo (Rodrigo Prieto na direcção de fotografia, Stephen Mirrione na montagem e banda sonora composta pelo oscarizado Gustavo Santaolalla), assinala o regresso de Iñarritu a um filme totalmente falado em espanhol desde a sua estreia em AMOR CÃO (2000).

    . COPIE CONFORME, de Abbas Kiarostami



    Durante uma viagem a Itália para promover o seu último romance, um escritor inglês de meia-idade trava conhecimento com uma negociante de arte francesa, a qual propõe-lhe um estranho divertimento: fingir que é o marido dela. Um jogo onde realidade e fantasia misturam-se de forma perigosa. O novo filme do cineasta iraniano mais aclamado da actualidade, protagonizado por Juliette Binoche (a "cara" do 63º Festival de Cannes).

    . AUTOREIJI / OUTRAGE, de Takeshi Kitano



    Tóquio está em chamas devido a uma luta mortal entre gangs Yakuza rivais, na qual se distingue Otomo, um operacional a quem é pedido que faça a maior parte do trabalho sujo nesta guerra urbana. O regresso do "multitasked" Takeshi Kitano às narrativas centradas na máfia japonesa desde o aclamado BROTHER (2000).

    . ANOTHER YEAR, de Mike Leigh



    Não obstante a pouca informação existente sobre este projecto, é garantido que se assistirá ao estilo de improvisação e realismo social que bem caracteriza a filmografia de Leigh, tal como ficou provado em NU (1993), SEGREDOS E MENTIRAS (1996, Palma de Ouro no Festival daquele ano) e VERA DRAKE (2004).

    . FAIR GAME, de Doug Liman



    A única presença norte-americana entre os filmes elegíveis à Palma de Ouro, debruça-se sobre a ex-agente da CIA Valerie Plame, cuja actividade no seio dos Serviços de Inteligência norte-americanos foi publicamente revelada em consequência de um crítico artigo no New York Times, sobre as opções políticas de George W. Bush no Iraque, publicado pelo seu próprio marido. O elenco é liderado por Naomi Watts e Sean Penn, naquele que será o título de teor mais mainstream em "concurso".

    . UTOMLYONNYE SOLNTSEM 2, de Nikita Mikhalkov



    Dezasseis anos após o sucesso de O SOL ENGANADOR, Mikhalkov reencarna a personagem Sergei Kotov, desta vez a liderar o seu exército na frente russa durante a Segunda Guerra Mundial. De assinalar o radical afastamento do drama íntimo patenteado no primeiro filme, visto trata-se de um épico bélico avaliado em 55 milhões de dólares — o mais caro de sempre na história do cinema russo.

    . LA PRINCESSE DE MONTPENSIER, de Bertrand Tavernier



    Depois da "aventura" americana que IN THE ELECTRIC MIST representou, Tavernier regressa ao seu país natal para filmar o conto publicado em 1662 por Madame de La Fayette, sobre o romance entre o Duque de Guise e a Mademoiselle Mézières, forçada a um casamento de conveniência com o Príncipe de Montpensier. Destaque para o elenco, onde figuram Mélanie Thierry, Gaspard Ulliel e Lambert Wilson.

    . UNCLE BOONMEE WHO CAN RECALL HIS PAST LIVES, de Apichatpong Weerasethakul



    Nas suas últimas horas de vida, Boonmee recebe a visita dos fantasmas de parentes há muito desaparecidos, que o obrigam a revisitar os episódios mais marcantes da sua juventude. Uma original abordagem às temáticas da efemeridade humana, o cineasta tailandês mais conceituado internacionalmente regressa a Cannes, após ter arrecadado o Grande Prémio do Júri, em 2004, com TROPICAL MALADY.

  • Un Certain Regard


  • . O ESTRANHO CASO DE ANGÉLICA, de Manoel de Oliveira



    Situado nos anos 50, narra a história de um fotógrafo hospedado num pequeno hotel e que é subitamente acordado durante a noite pelos proprietários, para que vá tirar uma foto à filha acabada de falecer. Aos 101 anos, Manoel de Oliveira estreia novo filme em Cannes, que há muito se rendeu ao mais decano dos cineastas internacionais.

    . FILM SOCIALISME, de Jean-Luc Godard



    Um cruzeiro atravessa o Mediterrâneo. A bordo, seguem um criminoso de guerra com a sua neta, um francês, um oficial russo, a embaixadora da Palestina, Alain Badiou e Patti Smith. A interacção entre estes "personagens" originará uma série de diálogos em diferentes idiomas e sobre diferentes temas. Assinado por vários cineastas, sob a supervisão de Godard, é um dos projectos cinematográficos mais aguardados de 2010.

    . CHATROOM, de Hideo Nakata



    Quando quatro adolescentes conhecem William numa sala de chat, são imediatamente atraídos pelo seu "cibernético carisma". Mas William não é o que aparenta: manipulador e calculista, enceta um aterrorizante jogo de perseguição que, em breve, sairá do mundo virtual para se converter numa ameaça bem real. Nakata, um dos "fundadores" do J-Horror, investe novamente no terror a partir de tecnologia quotidiana.

    . AURORA, de Cristi Puiu



    Um dos principais nomes da "nova vaga" de cineastas romenos regressa a Cannes depois de A MORTE DO SR. LAZARESCU (2005) ter arrecadado o prémio da Secção Un Certain Regard. O próprio Puiu protagoniza este drama sobre um homem com dois filhos, divorciado e que se demite do emprego para embarcar na mais radical mudança de vida.

  • Fora de Competição


  • . ROBIN HOOD, de Ridley Scott



    Nova incursão cinematográfica dedicada ao lendário herói das florestas de Nottingham, protagonizado por Russell Crowe e Cate Blanchett, tem honras de abertura do 63º Festival de Cannes.

    . YOU WILL MEET A TALL DARK STRANGER, de Woody Allen



    Romance, sexo, traição e também algumas gargalhadas. As vidas de um grupo de pessoas cujas paixões, ambições e ansiedades forçam-nas a enfrentar todo o género de problemas, que vão do burlesco ao ameaçador. A sinopse não engana: estamos perante puro Woody Allen...

    . TAMARA DREWE, de Stephen Frears



    Drewe é uma jovem e sexy jornalista que retorna à sua terra natal para impedir a venda da casa onde nasceu. Entre os locais, a sua chegada incitará novas e velhas paixões duvidosas. Adaptado da excêntrica banda desenhada de Posy Simmonds, a expectativa em torno deste filme tem sido enorme, sobretudo por ser realizado pelo veterano Frears (LIGAÇÕES PERIGOSAS, A RAINHA) e protagonizado por Gemma Arterton, a nova sex-symbol britânica.

    . WALL STREET — MONEY NEVER SLEEPS, de Oliver Stone



    Enquanto a economia mundial está à beira do abismo, um jovem corretor de Wall Street (Shia LaBeouf) une-se com o "ressuscitado" Gordon Gekko (Michael Douglas) para uma dupla missão: descobrir quem assassinou o mentor do jovem executivo e possibilitar que Gekko reconquiste a confiança da sua filha (Carey Mulligan). Oliver Stone volta a explorar os meandros do insider trading, numa obra que não poderia ser mais actual.

    N.B.: A lista detalhada dos filmes a exibir em Cannes pode ser consultada aqui.

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