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quarta-feira, abril 03, 2013

O Cinema dos Anos 2000: A.I. Inteligência Artificial, de Steven Spielberg




É possivelmente um dos mais provocadores filmes do nosso milénio — esta minha convicção está longe de ser unânime mas também recolhe muitos entusiastas. Esperado inicialmente como um novo Kubrick, a grande dor de A.I. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL tem sido, até hoje, a mesma: provar que Spielberg não defraudou coisa nenhuma e que sim, também é "capaz" (como se, olhando para a sua obra, nos faltasse dúvidas disso...) de nos trazer desconcertantes obras-primas.

Correndo o risco de cair em grandes abstrações, penso que estamos aqui perante um filme que, embora riquíssimo em detalhes e problemáticas, me parece ser uma obra essencial sobre o grave sentimento de orfandade (a última espécie de solidão) e, por conseguinte, sobre a nossa jornada inútil em busca de um “sentido” que explique uma questão essencial (quem-sou-eu?).

A tragédia da figura de Haley Joel Osment, que se assume como uma espécie de Pinóquio do futuro (a comparação, aliás, é imediata), passa por alguns momentos que para mim são essenciais: por exemplo, a cena em que a mãe abandona David na
floresta (prestem atenção ao magnífico trabalho de fotografia de Janusz Kaminski nesta cena — e, evidentemente, às interpretações dos dois atores); ou então ao momento em que David se descobre como protótipo de muitos outros robôs-David — a revolta e estupefacção partem-nos em dois: como se aqui abandonasse, invariavelmente, a dimensão humana que percorre este filme.

Quando o vi pela primeira vez (na SIC, há muitos anos, ainda era eu criança) houve uma imagem que se imprimiu na minha memória até hoje: quando David visita uma Manhattan deserticamente inundada. O vazio para o qual este filme nos atira é absolutamente assustador: como é, também, o "suicídio" de David, que sabe que nunca morrerá porquanto não há vida no seu sistema.

O final, de conto de fadas anti-conto de fadas, lança-nos para um vislumbre da morte e do paraíso: aquele tempo onde nos reencontramos com a mãe, a luz que nos arrebata o espírito e terminamos a nossa procura do infinito. Havemos sempre de nos reencontrar aqui.

por Flávio Gonçalves (O Sétimo Continente).

Elenco
. Haley Joel Osment (David), Frances O'Connor (Monica Swinton), Sam Robards (Henry Swinton), Jake Thomas (Martin Swinton), Jude Law (Gigolo Joe), William Hurt (Prof. Hobby), Brendan Gleeson (Lord Johnson-Johnson), Jack Angel (Teddy, Robin Williams (Dr. Know), Meryl Streep (Fada Azul)


Palmarés
. Academia de Cinema de Ficção-Científica, Fantasia e Terror: Melhor Filme — Ficção-Científica, Melhor Argumento (Steven Spielberg), Melhor Actor Jovem (Haley Joel Osment), Melhor Banda Sonora (John Williams), Melhores Efeitos Especiais (Dennis Muren, Scott Farrar, Stan Winston, Michael Lantieri)


A influência de Stanley Kubrick no Cinema dos Anos 2000

Nenhum outro realizador norte-americano ecoa, de modo tão profundo e legítimo, junto dos cineastas contemporâneos. Para além de proporcionar a Steven Spielberg uma das suas obras maiores dos anos 2000, nomes como Paul Thomas Anderson, David Fincher, Christopher Nolan, os irmãos Coen, Wes Anderson e Gaspar Noé confessam inspiração formal e temática em Kubrick e elegem-no como "o maior de todos os cineastas".



sexta-feira, março 01, 2013

sábado, fevereiro 09, 2013

When Movie Marketing Goes Very Right #6



Trailer para ROOM 237, documentário alternativo sobre as (supostas) teorias ocultadas em SHINING (1980), de Stanley Kubrick:



terça-feira, julho 31, 2012

Sight & Sound: 10 Greatest Films of All Time 2012



Faltam poucas horas para o anúncio da lista dos 10 Melhores Filmes de Sempre da Sight & Sound (os eleitos de 2012 serão divulgados, durante o dia de amanhã, no perfil de Twitter da revista).

Realizada de dez em dez anos desde 1952, a lista é formada a partir dos veredictos de críticos de cinema, programadores de festivais, académicos, escritores e diversos cinéfilos. Este ano, o total de participações ascende a 846, nas quais contam-se 2045 filmes mencionados.

Obviamente, o Keyzer Soze não foi convidado a submeter dez títulos para a contagem final. Contudo, se tivesse acesso a um boletim da Sight & Sound, a minha participação ficaria assim disposta:


  1. 2001: ODISSEIA NO ESPAÇO (1968), de Stanley Kubrick.




  2. O ÚLTIMO ANO EM MARIENBAD (1961), de Alain Resnais.




  3. BARRY LYNDON (1975), de Stanley Kubrick.




  4. A MULHER QUE VIVEU DUAS VEZES (1958), de Alfred Hitchcock.




  5. RASHÔMON — ÀS PORTAS DO INFERNO (1950), de Akira Kurosawa.




  6. TEMPOS MODERNOS (1936), de Charles Chaplin.




  7. A CAIXA DE PANDORA (1929), de G.W. Pabst.




  8. BLADE RUNNER — PERIGO IMINENTE (1982), de Ridley Scott.




  9. MULHOLLAND DRIVE (2001), de David Lynch.




  10. FINIS TERRAE (1929), de Jean Epstein.




E quais seriam os 10 filmes que submeteriam à Sight & Sound?

quinta-feira, julho 26, 2012

Happy Birthday, Mr. Kubrick



«One of the things that gave me the most confidence in trying to make a film was seeing all the lousy films that I saw. Because I sat there and thought, Well, I don't know a goddamn thing about movies, but I know I can make a film better than that.»



segunda-feira, abril 23, 2012

No Dia Internacional do Livro...

... recordamos:

. «David Copperfield», de Charles Dickens, em FAHRENHEIT 451 (1966, François Truffaut)



. «The Catcher in the Rye», de J. D. Salinger, em SHINING (1980, Stanley Kubrick)



. «A Divina Comédia», de Dante Alighieri, em SETE PECADOS MORTAIS (1995, David Fincher)



. «Histórias», de Heródoto, em O PACIENTE INGLÊS (1996, Anthony Minghella)



. «Twenty-One Stories, de Graham Greene, em DONNIE DARKO (2001, Richard Kelly)



. «Don Quixote of La Mancha», de Miguel Cervantes, em LARS E O VERDADEIRO AMOR (2007, Craig Gillespie)



. «O Estrangeiro», de Albert Camus, em UMA EDUCAÇÃO (2009, Lone Scherfig)



Lembram-se de mais algum exemplo notável?

sábado, janeiro 21, 2012

5 Momentos Memoráveis

#15: No Subtitles Required

O ARTISTA (estreia prevista, em Portugal, para 2 de Fevereiro), de Michel Hazanavicius, é um dos títulos do momento: para além de assumir largo favoritismo na corrida ao Óscar de Melhor Filme, comprova que crítica e plateias contemporâneas ainda são capazes de se renderem a uma história sobre a era do cinema mudo filmada ao estilo daquela mesma época: silencioso (apenas possui acompanhamento musical), a preto e branco e registado no aspect ratio dos anos 20.



Embora a produção cinematográfica nas últimas oito décadas tenha sido dominada pelo sonoro, é possível encontrar, nesse espaço de tempo, inúmeros e óptimos exemplos do quão dispensável os diálogos podem ser num filme. Os cinco momentos abaixo destacados (acompanhados da sempre obrigatória menção honrosa) revelam e partilham com o espectador factos e emoções sem recorrerem a qualquer oratória — e provam que o Cinema foi, é e será, primordialmente, uma arte visual.

MENÇÃO HONROSA: DUCK SOUP — OS GRANDES ALDRABÕES (1933), de Leo McCarey



Leo McCarey foi um dos poucos cineastas que soube trabalhar e elevar o talento cómico dos Irmãos Marx. E esta sequência, onde Harpo tenta esconder a sua identidade de Groucho imitando o reflexo deste num espelho, será das mais pragmáticas para a compreensão daquela colaboração. Em jeito de curiosidade, note-se que Harpo Marx recriou este número, anos mais tarde e com Lucille Ball, na série televisiva I LOVE LUCY.



5. 2001: ODISSEIA NO ESPAÇO (1968), de Stanley Kubrick



Célebre pela sua frugalidade de diálogos, a ficção-científica de Stanley Kubrick utiliza música, efeitos sonoros, imagética experimental e um fabuloso trabalho de montagem para unir as "pontas" de uma história sobre tecnologia, inteligência artificial e evolução humana. E, nesse âmbito, não haverá cena mais emblemática do que esta: a condensação de milhões de anos no espaço de um simples piscar de olhos...



4. THE PARTY (1968), de Blake Edwards



Peter Sellers tem lugar cativo no "panteão" que reúne o génio pantomímico de Charles Chaplin, Buster Keaton, Stan Laurel e Oliver Hardy. O melhor exemplo disso será esta sequência, de uma peculiar colaboração entre Sellers e Blake Edwards, onde um actor de origem indiana é capaz de transportar o "problema técnico" de um autoclismo até proporções inimagináveis. E sem murmurar uma única palavra...



3. DU RIFIFI CHEZ LES HOMMES (1955), de Jules Dassin



Neste clássico do cinema noir francês, Dassin dedica um quarto da sua duração a uma das sequências de assalto, do ponto de vista técnico, mais ambiciosas e brilhantes da história do Cinema — e fá-lo em quase absoluto silêncio. Pela ausência de elementos familiares como diálogo e/ou música, o suspense no espectador não só é intensificado como atinge níveis eficazes de desconforto. Brian DePalma, o "imitador" por excelência, homenagearia, quarenta anos depois, esta sequência em MISSÃO: IMPOSSÍVEL.





2. A MULHER QUE VIVEU DUAS VEZES (1958), de Alfred Hitchcock



No seu âmago, esta obra-prima de Hitchcock é uma história de obsessão, patente na face do detective Scottie (James Stewart) assim que observa, pela primeira vez, Madeleine (Kim Novak). O estilo visual desta sequência — pelos seus esquema cromático, movimentos de câmara e rigorosos enquadramentos, revela-se um prodígio de fotografia — antevê a "vertigem passional" do protagonista pela mulher de que ele está encarregue de seguir e vigiar pelas ruas de São Francisco. Puro cinema em minuto e meio de metragem.



1. BLOW-UP — HISTÓRIA DE UM FOTÓGRAFO (1966), de Michelangelo Antonioni



Ousada peça de cinema: uma sequência composta por nada mais do que um fotógrafo a ampliar secções de fotografias já de si ampliadas e a posterior descoberta de que a sua câmara registou mais do que um simples encontro amoroso, apenas ilustrada pela audição do vento a "suspirar" entre a folhagem do jardim em que as imagens foram tiradas. Embora o espectador seja guiado para o que deve encontrar, Antonioni exibe aqui (juntamente com a cena final de BLOW-UP) um dos momentos seminais no que toca ao poder da narração exclusivamente visual do Cinema.





segunda-feira, dezembro 05, 2011

#32



... segundo as palavras da Inês Moreira Santos, colaboradora do Espalha-Factos:

Aqui ficam os 10 filmes da minha vida, sem qualquer ordem de preferência. A estes poderiam juntar-se tantos outros, mas tendo eu que (hoje) escolher apenas 10, são estas as minhas escolhas.

. ANNIE HALL
(1977, Annie Hall, Woody Allen)



Woody Allen no seu melhor. ANNIE HALL não podia deixar de entrar na minha lista por tudo o que é. Um dos meus filmes favoritos.

. O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE
(2001, Le fabuleux destin d'Amélie Poulain, Jean-Pierre Jeunet)



Há tanto para dizer sobre este filme, mas "mágico" assenta-lhe bem e já diz muito. A vida da Amélie faz-nos sonhar.

. CINEMA PARAÍSO
(1988, Nuovo Cinema Paradiso, Giuseppe Tornatore)



O retrato do amor pelo cinema (e não só). É daquelas escolhas onde não tive qualquer dúvida.

. O GABINETE DO DR. CALIGARI
(1920, Das Cabinet des Dr. Caligari, Robert Wiene)



O início do cinema de horror, o Expressionismo Alemão, um marco na história do cinema. Até de inspiração para Tim Burton criar EDWARD SCISSORHANDS ele serviu. Tudo boas razões para gostar tanto deste excelente filme mudo.

. PULP FICTION
(1994, Pulp Fiction, Quentin Tarantino)



Tudo neste filme é genial, as histórias, toda a linha que as liga, o elenco, o humor negro que caracteriza o realizador... Provavelmente o melhor filme de Tarantino.

. BLUE VALENTINE — SÓ TU E EU
(2010, Blue Valentine, Derek Cianfrance)



Pode ser uma das escolhas mais controversas desta lista, mas este é, definitivamente, um dos filmes da minha vida. Tão real e, por vezes, duro. Gosto mais dele a cada visualização, por muito blue que possa ser.

. JANELA INDISCRETA
(1954, Rear Window, Alfred Hitchcock)



Aqui poderia estar qualquer outro filme de Hitchcock. Escolhi este em especial por ter sido o primeiro que vi do mestre.

. LARANJA MECÂNICA
(1971, A Clockwork Orange, Stanley Kubrick)



Como estou sempre a dizer que gosto de loucos, nunca poderia de deixar de adorar este filme. E como também gosto de génios, Kubrick não poderia deixar de figurar aqui. Um dos meus favoritos de sempre.

. OS DIAS DA RÁDIO
(1987, Radio Days, Woody Allen)



E Woody Allen, mais uma vez. Recorrendo a MIDNIGHT IN PARIS, gostava de passar uns dias na era da rádio que sempre me fascinou. E RADIO DAYS transporta-nos tão bem para essa realidade.

. O GRANDE PEIXE
(2003, Big Fish, Tim Burton)



Mais uma vez a fantasia marca presença na minha lista. BIG FISH está cheio de beleza e magia, e é inevitável que nos deixemos encantar pelas histórias do protagonista.

--//--

Obrigado, Inês, pela tua participação!

terça-feira, novembro 22, 2011

#30



... segundo as palavras da Andreia Mandim, blogger nomeada aos TCN Blog Awards pelo seu Cinema's Challenge:

. SANTA SANGRE
(1989, Santa sangre, Alejandro Jodorowsky)



Seria difícil não incluir este filme na minha lista. Quando o vi, pela primeira vez, não sabia absolutamente nada do mesmo. Resolvi vê-lo apenas porque não tinha mais nenhum filme na altura. Sem muito ânimo, confesso. Mas no fim do filme, considerei que foi uma das melhores 'surpresas' que poderia ter. Deparei-me com uma obra surrealista, embora absolutamente rica culturalmente e cinematograficamente. Algo que raramente se vê actualmente, mesmo que o filme seja do final dos anos 80 — 1989, mais concretamente, é necessário o frisar. Mas penso que a história, personagens, ambiente e toque do realizador foram os elementos-chave que tornaram possível que o incluísse como um dos meus preferidos. Há qualquer coisa de esotérico que passa o ecrã e entra em nós ao vê-lo.

. SLEEPERS — SENTIMENTO DE REVOLTA
(1996, Sleepers, Barry Levinson)



Lembro-me de o ver quando ainda era criança. A minha irmã consumia tudo o que tinha "o menino bonito de hollywood", na altura, Brad Pitt, e eu acabava também por assistir ao filmes. Mas o que conta para aqui para o caso é que foi um filme que me marcou. Na altura era ainda ingénua e gostei de perceber que realmente existem situações, pequenos momentos, em que podemos fazer a coisa errada, na hora errada e decidir parte importante do rumo da nossa vida. Pode parecer um pouco dramático e até absurdo, para alguns, mas é um filme que me diz muito e que ultrapassa o thriller dramático que hoje se vê para aí a pontapés. Não esquecendo o excelente cast que reúne grandes nomes — Brad Pitt, Robert De Niro, Kevin Bacon, etc...

. MYSTERIOUS SKIN
(2004, Mysterious Skin, Gregg Araki)



Revi-o há pouco tempo.É um filme com uma abordagem extremamente inteligente. É a mistura de dois assuntos completamente díspares: ficção científica e abusos sexuais. Num ambiente indie, com um actor que tem dado sinais da sua eficiência (Joseph Gordon-Levitt) e com um argumento fabuloso. Acho difícil não incluir como uma das melhores coisas que vi, pelo menos dentro do seu género.

. MANHATTAN
(1979, Manhattan, Woody Allen)



Respondo como se fosse o próprio: Life doesn't imitate art, it imitates bad television, por isso preciso da minha dose de arte e optei por ver algo de Woody. Podem o chamar pretensioso ou qualquer outra coisa, mas basicamente há sempre deixas brilhantes nos seus filmes e em MANHATTAN temos bastantes exemplos. Podia inventar mil explicações do porquê de ser um dos que mais gosto do Woody Allen, mas penso que talvez goste de vários, porém é o que tenho mais vivo com sinal verde na minha mente.

. SHINING
(1980, The Shining, Stanley Kubrick)



Se Kubrick não fosse realizador, provavelmente seria Deus. Vi uma vez esta piada em algum lugar que já não me recordo, mas acredito mesmo que esteja próximo, pelo menos nas suas capacidades/poderes que tinha para fazer cinema. Vi o SHINING umas 4 vezes na mesma semana, fiquei maravilhada com o filme. Tudo tinha um grau tão assustadoramente elevado de tensão e um certo terror que nunca chega a ser terror que foi impossível não cair de amores pelo filme.

. BOOGIE NIGHTS — JOGOS DE PRAZER
(1997, Boogie Nights, Paul Thomas Anderson)



Outro recente amor. Gostei de tudo neste filme. Actores, abordagem, argumento. E o realizador é talvez dos mais prendados da sua época. Sou sincera, não tinha noção disso. Até começar a ver o seu historial, percebi que já tinha visto muitos filmes que adorei e lhe pertenciam. Quanto ao BOOGIE NIGHTS penso que é um dos filmes mais marcantes para um amante de cinema, e mais não digo.

. CLUBE DE COMBATE
(1999, Fight Club, David Fincher)



É o filme que provavelmente mais vezes vi. Chamem comercial, digam o que quiserem, mas acho que não há uma única pessoa que não tenha gostado da película de Fincher. É tudo tão delicioso. Montagem, personagens, actores. Desenvolvi uma empatia com este filme, talvez por ter nascido na época que ele retrata, neste mundo consumista e com regras sociais que ninguém acredita, num mundo que já acabou antes de ter começado.

. VOANDO SOBRE UM NINHO DE CUCOS
(1975, One Flew Over the Cuckoo's Nest, Milos Forman)



É majestoso. Jack Nicholson faz, mais uma vez, um papel que é absolutamente brilhante. O filme em si tem uma trama que prende o espectador. E a ideia de ver um filme passado num manicómio é sempre tentadora. Afinal de médico e de louco todos temos um pouco — já dizia o outro.

. UMA QUESTÃO DE CONFIANÇA
(1990, Trust, Hal Hartley)



É uma obra quase clássica. Bastante calma, mas que conta muita coisa. Ficamos embebecidos com as personagens que vivem histórias dispares, porém é a confiança que os salva. Acho que foi mais uma surpresa quando o vi, não estava à espera de algo assim tão bom e recomendo vivamente.

. O HOMEM ELEFANTE
(1980, The Elephant Man, David Lynch)



É difícil não ficarmos sensibilizados quando vemos este filme. Entre o surrealismo quase extremo de Lynh, com o preto e branco e personagens inconcebíveis no mundo real, encontramos também um mundo onde os sentimentos são impulsionados, são quase provocados, mesmo que através de histórias pouco prováveis de acontecer no mundo real, pelo menos com um homem elefante. Mas que acontece com outro tipo de pessoas que têm diferenças, mas que têm algo mais para além do aspecto, tal como o Elephant Man.

Estes filmes escolhidos são apenas uma parcela dos que considero os filmes da minha vida. É uma lista diferente das que fiz para outros blogues, propositadamente. É uma forma de mostrar todos aqueles filmes que me foram marcando e ainda marcam, mas que não totalizam tudo o que vi e gostei de ver até hoje.

--//--

Obrigado, Andreia, pela tua participação!

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